MINISTÉRIO PÚBLICO ASSINA 13° ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA NA OPERAÇÃO LAVA-JATO

Mais um executivo passará a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato, somando-se a outros 12 que já vinham prestando depoimentos sobre o esquema de corrupção na Petrobrás. O empresário Shinko Nakandakari, apontado como um dos operadores do esquema, assinou o acordo nesta quarta-feira (11), com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal.

De acordo com os investigadores, o executivo atuava como operador em nome das empresas Galvão Engenharia, EIT Engenharia e Contreras na negociação de contratos com a estatal. Ele já vinha se dizendo disposto a colaborar com as investigações, mas os procuradores buscavam novas informações sobre o ex-diretor de serviços Renato Duque.

De acordo com os investigadores, o executivo se dispôs a relatar as informações que sabe sobre o envolvimento de Duque no esquema, mas afirmou que seu relacionamento direto e o pagamento de propinas era feito com o ex-gerente Pedro Barusco.

Em depoimento prestado em novembro, o diretor da Galvão Engenharia, Erton Fonseca, afirmou que pagou R$ 8,3 milhões de propina a Nakandakari, que teria se apresentado como emissário de Duque.

Os depoimentos sob o regime de delação devem ser iniciados logo após o carnaval e o executivo pode ter a pena reduzida caso o acordo seja homologado pela justiça.