MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ QUER PARAR A PRODUÇÃO DA UNIDADE DE XISTO DO ESTADO
A pressão sobre a Petrobrás acontece de vários setores. A estatal ainda não foi citada oficialmente, mas o Ministério Público do Estado do Paraná quer interditar agora a unidade de industrialização de xisto da empresa no município de São Mateus do Sul, acusando a empresa de possíveis danos ambientais e à saúde da população. A promotora Fernanda Basso Silvério solicitou ainda uma indenização por dano moral e multa diária ainda a ser definida. As acusações se apoiam em relatório produzido por um perito da Universidade de São Paulo, que teria detectado mercúrio ao longo do leito de um rio em quantidade acima do permitido pela legislação.
As medições feitas com filtros e em árvores teriam indicado a presença de ferro, enxofre e silício. Nos locais de maior concentração de partículas, há um número maior de casos de problemas respiratórios na população, concluíram os estudos da USP. A fábrica fica no topo de uma colina e a cidade de São Mateus do Sul está localizada na encosta da colina seguinte.
A Unidade de Negócio de Industrialização do Xisto existe desde 1954. Em 1972, foi construída a primeira usina de processamento no Paraná e, em 1991, a tecnologia foi consolidada com a entrada em operação de um novo módulo industrial. O xisto extraído no Sul passa por um processo industrial criado pela estatal para gerar petróleo.
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