MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DENUNCIA EXECUTIVOS DA SBM E PETROBRÁS DENTRO DA OPERAÇÃO SANGUE NEGRO | Petronotícias




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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DENUNCIA EXECUTIVOS DA SBM E PETROBRÁS DENTRO DA OPERAÇÃO SANGUE NEGRO

Jorge Zelada

A Operação Sangue Negro começa a dividir espaço com a Lava Jato na busca por esquemas corruptos dentro da Petrobrás. O foco das operações, no entanto, não é o mesmo. Crimes iniciados em 1997 na estatal estão sendo investigados na nova operação, curiosamente lançada antes da Lava Jato. Nesta sexta-feira (18), 12 suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público Federal. O montante desviado gira em torno de US$ 46 milhões de acordo com as investigações.

A lista completa dos denunciados inclui executivos da SBM Offshore, alguns já afastados da empresa e outros em atividade, e ex-executivos da Petrobrás. São eles: Robert Zubiate, vice-presidente da SBM para as Américas; Didier Keller e Tony Mace, ambos aposentados; os ex-diretores da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, Internacional, e Renato Duque, Serviços; o ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco; o ex-membro da Comissão de Licitação Paulo Roberto Buarque Carneiro; Julio Faerman e Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, agentes de venda da SBM no Brasil; e Bruno Yves Chabas, Philippe Levy e Sietze Hepkema, executivos da holandesa.

Na última quinta-feira (17), houve buscas na sede da Petroserv, no Rio de Janeiro. A empresa é apontada como receptadora de repasses de 3% a 5% de valores em contratos da Petrobrás com a SBM e 1% iria para contas de empresas no exterior. O dinheiro era então lavado e retornava para o país como propina.

As investigações são focadas nos negócios entre a holandesa e a estatal brasileira. De acordo com o MPF, a Petrobrás a SBM pagava 1% do valor dos contratos para duas empresas no Brasil e de 2% a 9% eram enviados para a Suíça em nome de empresas fachadas, que repassavam os valores para outras contas, também no paraíso fiscal, em nome de empresas ligadas a funcionários da Petrobrás.

A SBM não pagava apenas por negócios fechados, descobriram os investigadores, mas também por informações que a colocavam em vantagem nos processos licitatórios. Alguns dos nomes que surgem já estão envolvidos na Operação Lava Jato, como Jorge Zelada, ex-diretor Internacional da Petrobras, e Renato Duque, ex-diretor de Serviços, ambos já presos em Curitiba.

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