MINISTRA DE GESTÃO E INOVAÇÃO ANUNCIA RECOMPOSIÇÃO NO ORÇAMENTO DE R$ 1,3 BI PARA RETOMADA DAS OBRAS DE ANGRA 3
A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, disse hoje (5) que o governo deve fazer uma recomposição no orçamento para incluir R$ 1,3 bilhão destinado à Eletronuclear. Os recursos serão aplicados para a retomada das obras da usina nuclear Angra 3. A declaração aconteceu durante a feira Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), que está sendo organizada pela ABDAN, no Centro de Convenções ExpoMag, no Rio de Janeiro (RJ).
Ela detalhou ainda que em 2023 as empresas estatais do setor nuclear possuem um orçamento atual de R$ 1,6 bilhão para investimentos. Até o mês de março, já foram executados R$ 222 milhões. “A ideia seria fazer uma recomposição de R$ 1,3 bilhão a mais exclusivamente para a Eletronuclear, para permitir a retomada das obras de Angra 3”, explicou. A ministra foi convidada para realizar uma palestra na NT2E sobre a inovação tecnológica e o setor nuclear.
Durante sua apresentação, Esther detalhou que nos últimos 10 anos, as empresas estatais ligadas ao setor realizaram investimentos que somam R$ 21,4 bilhões, sendo 58% do valor correspondente aos investimentos da Eletronuclear.
Para lembrar, a Eletronuclear retomou recentemente uma parte das obras de Angra 3, dentro do chamado “Plano de Aceleração do Caminho Crítico”. O objetivo é adiantar os trabalhos em algumas partes da usina. Uma das principais atividades previstas no plano é a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator da planta.
Contudo, além das obras do Plano de Aceleração do Caminho Crítico, uma segunda linha de frente para concluir Angra 3 é a construção global do projeto. A Eletronuclear ainda irá contratar a empresa EPCista que irá assumir a construção do empreendimento como um todo. O contrato que será concedido ao EPCista será baseado na estruturação final desenhada pelo BNDES.
Com tecnologia alemã, Angra 3 vai gerar 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer o consumo residencial de toda a região Norte e de quase toda a região Centro-Oeste do Brasil. A geração de Angra 1, 2 e 3 juntas vai equivaler a 60% do consumo de energia do estado do Rio de Janeiro
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