MINISTRO BENTO ALBUQUERQUE MOSTRA NA WORLD NUCLEAR SPOTLIGHT OS COMPROMISSOS DO BRASIL COM A ENERGIA NUCLEAR
O primeiro dia de realização do World Nuclear Spotlight, no Hotel Windsor Marpendi, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, foi de grandes notícias. Desde o planejamento para a retomada das obras de Angra 3, como a construção dos reservatórios para o combustível usado por Angra 2, que no ano que vem estará chegando ao seu limite. Surpreendente também pela fala do presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, que anunciou o aumento da vida útil de Angra 1, a primeira usina nuclear brasileira. Além disso, a confirmação do plano de construção de novas usinas nucleares no país, com a criação de milhares de empregos. O segundo dia de realização do evento, terá uma importante participação do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que chegou na noite de ontem (3) de uma viagem oficial com o Presidente Jair Bolsonaro à Israel. Importante, porém será um evento fechado, só com a participação de membros previamente convidados. Por volta da hora do almoço, o ministro deverá conceder uma entrevista coletiva.
Apesar de ser fechado no dia de hoje (4), o Petronotícias teve acesso ao discurso que o ministro fará neste segundo dia do evento. Nele, Bento Albuquerque estabelece as prioridades na área energética do país, dando destaque aos investimentos no setor nuclear do país. Um texto que publicamos agora na íntegra:
“Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer ao Sr. Kiril Komarov, Presidente da Associação Nuclear Mundial, assim como a Sra. Agneta Rising, Diretora geral da WNA, pela honra de convidar-me a fazer esse discurso à tal grupo de especialistas, mas também ao público em geral que está interessado em aprender mais sobre as novas diretrizes do governo brasileiro para a energia nuclear no Brasil.
Considero isso como uma oportunidade para apresentar como pretendemos melhorar a energia nuclear para a transformação da infraestrutura brasileira. Deixe-me destacar algumas das nossas prioridades neste setor:
- O governo brasileiro está muito comprometido em retomar o projeto de Angra 3, considerando o importante papel da energia nuclear no sistema elétrico nacional corrente e futuro, assegurando a segurança do fornecimento de uma rede de dimensões continentais. Para atingir esse objetivo, o governo, através de sua empresa Eletronuclear em seu Estado, Eletrobrás, está dando os passos necessários de um processo complexo. Começou esta semana uma consulta ao mercado para definir um modelo de negócios atrativos para a parceria das empresas nucleares internacionais. O início da operação comercial de Angra 3 será o ano de 2026 e o objetivo final deste processo. Esperamos que o evento seja um marco para este objetivo;
- O plano Nacional de Energia 2050 será público até o final deste ano. Este plano considerará novos investimentos em apoio à crescente demanda elétrica brasileira, contribuindo para a geração brasileira, como o Parque Nacional hidrográfico com grandes reservatórios, que não será suficiente para cumprir este papel, aumentando a segurança do suprimento em face da capacidade instalada renovável e crescente. Em 2020-2030, estamos considerando tecnologias existentes. Em 2040-2050, devemos considerar também tecnologias avançadas, provadas nessas oportunidades, como geração IV e SMRS;
- O Brasil participa de um grupo selecionado de países que tem grandes reservas de Urânio e tecnologia desenvolvida para processar em combustível nuclear. Parece que não é razoável não participar no mercado internacional de combustível nuclear como fornecedor, para transferir para a sociedade os benefícios dessas vantagens. Atualmente em condições de mercado, o Urânio representa a maior parcela do custo total de combustível, seguido pelo enriquecimento, fabricação e conversão. Acreditamos que, a partir do Urânio Concentrado, um crescimento na produção com base nas reservas nacionais, criando quantidades capazes de serem exportadas. Podemos gerar dinheiro para investir no crescimento da capacidade nacional de enriquecimento e, consequentemente, criar novas oportunidades de exportação, com maior valor agregado e também para outros ciclos de combustível aberto. Para isso, nós precisamos estabelecer um novo negócio para mineração e tratamento de urânio, considerando parcerias público-privadas, semelhantes aos modelos em consideração para Angra 3.
- Estamos trabalhando duro e com determinação para as reformas necessárias estruturais a serem realizadas. Elas são essenciais para a saúde e sustentabilidade financeira das contas públicas, que permitirão transformar o cenário econômico e abrir novas oportunidades para investimentos de longo prazo. Estas reformas permitirão criar um ciclo virtuoso da economia, que gerará a confiança nos Estados Unidos para abrir o mercado externo, incentivando a concorrência, a produtividade e a eficácia. Todo o setor produtivo se beneficiará de um ambiente de negócios com menos regulamento e burocracia.
Nós estamos preparados para escutar e avaliar, com serenidade e transparência, sempre dedicados ao interesse público, as múltiplas demandas dos diferentes setores. Nós concentramos nossos esforços para fazer mais e melhor.
Nós sabemos que os desafios são enormes. No entanto, também temos certeza de que temos a vontade, os meios e a coragem de superar esses obstáculos. O governo brasileiro está comprometido, de corpo e alma, para realizar as reformas necessárias que irão mostrar nossas capacidades e possibilitar o país um novo começo, um novo capítulo, sustentável de desenvolvimento de sua história.”
[…] a reunião no Spotlight, o ministro fez um discurso – que foi publicado pelo Petronotícias – onde reforçou o comprometimento do governo brasileiro em retomar as obras de Angra 3, já […]