MINISTRO BRITÂNICO PEDE FLEXIBILIZAÇÃO DO CONTEÚDO LOCAL
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
O ministro britânico Kenneth Clarke, enviado especial para o Comércio Exterior, comentou a política de conteúdo local brasileira, destacando que concorda com a sua importância para o desenvolvimento da indústria do país, mas pediu que haja flexibilizações, durante evento realizado pelo Consulado britânico no Rio.
“Esse tipo de política é importante para que o Brasil ganhe expertise e se desenvolva, mas acho que poderia haver algumas flexibilizações, levando-se em consideração o que realmente é possível de ser atingido”, afirmou.
O tema tem gerado debates na indústria nacional e no âmbito político do país, em que muitos defendem a importância da política, ressaltando que há uma curva de aprendizagem natural, como houve em qualquer país que estabeleceu como meta o desenvolvimento do segmento naval e de óleo e gás. Outros criticam, dizendo que a política gera atrasos e aumenta custos.
O secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, também presente na mesa do evento, respondeu ao ministro britânico, explicando que não era uma questão tão simples.
“Temos hoje no Brasil uma dificuldade enorme em estabelecer flexibilidades no programa de conteúdo local, porque o nível de cada contrato foi oferecido pela empresa e foi cláusula que determinou a vencedora do processo licitatório”, afirmou, referindo-se aos três itens de seleção das rodadas de licitação da ANP: bônus de assinatura, programa exploratório mínimo e índice de conteúdo local ofertados.
Mesmo assim, Clarke afirmou que a Grã-Bretanha tem grande interesse em aumentar a participação no setor de óleo e gás brasileiro, casando a expertise deles com as grandes oportunidades encontradas no país.
“Nós britânicos ainda não somos fortes o suficiente no mercado brasileiro, mas temos um grande interesse em formar novas parcerias”, disse.
Deixe seu comentário