MINISTRO DA DEFESA DIZ QUE O BRASIL NÃO CEDERÁ TERRITÓRIO PARA EXÉRCITO VENEZUELANO INVADIR A GUIANA EM BUSCA DO PETRÓLEO
Aumenta a tensão no norte do continente sul-americano. O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que criou uma zona de defesa integral com a Guiana e nomeou um general como “única autoridade” da área. A região conta com três Áreas de Desenvolvimento Integral e 28 setores de Desenvolvimento Integral, militares e administrativamente dependentes da Região de Defesa Integral da Guiana. “Esta sede da Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba ficará sediada em Tumeremo e designo provisoriamente o Major General Alexis José Rodríguez Cabello como autoridade única na Guiana Essequiba”, disse o ditador. Ele também ordenou publicar e divulgar nas escolas e universidades do país um novo mapa da Venezuela, que inclui a Guiana Essequiba como parte do território. Em resposta, a Guiana disse que acionará o Conselho de Segurança da ONU contra a Venezuela e poderá abrir seu território para instalação de bases militares norte-americanas e do Reino Unido. A gigante dos Estados Unidos ExxonMobil tem muitos interesses e é a única petroleira mundial a explorar o petróleo na Margem Equatorial da Guiana. Invadir a Guiana para tomar seu território também vai esbarrar em tomar os ativos da petroleira.
Para entrar na região sul de Essequibo, a Venezuela teria que cruzar boa parte do território brasileiro, cortando a margem norte de Roraima. A famosa Cabeça do Cachorro. O presidente Lula, amigo fiel do ditador Nicolás Maduro, disse apenas que não apoiaria nenhum “ato de insensatez” e que a Venezuela e a Guiana deveriam ter bom senso, mas esta declaração é estranha porque a Guiana é a parte que será invadida. E terá que reagir militarmente se isso acontecer. O Ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, disse que o território brasileiro não será usado por tropas estrangeiras. E que Roraima estaria “garantida” pelas Forças Armadas. “O Brasil tem que garantir as suas fronteiras, e nossas fronteiras estão garantidíssimas. Não vamos permitir tropas da Venezuela passando pelo Brasil. Isso eu asseguro“,.
A região do Essequibo, que hoje está sob domínio da Guiana e a Venezuela pretende anexar, é coberta por uma floresta densa. Por isso, atualmente há dois acessos possíveis: um por mar, e outro passando pelo território brasileiro. O governo decidiu reforçar o Regimento de Cavalaria Mecanizada que já existe na capital de Roraima. Esse reforço é considerado estratégico. Já tinha sido anunciado, nos últimos dias, o envio de 16 blindados, além de transformar o batalhão em cavalaria com 130 homens na região de fronteira.
Mas, de acordo com as informações oficiais, esses 16 veículos blindados Lince, denominados “Guaicuru” no Exército Brasileiro, serão mobilizados a partir de estados como Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, em uma operação complexa com previsão de duração em torno de 30 dias. Não são tanques, mas um tipo de Jeep blindado tem uma metralhadora no teto. Eles seguirão em direção a Pacaraima, em Roraima. Com essa ação, os blindados irão integrar a frota já presente na 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima, somando um total de 28 viaturas na região. Esse número pode crescer dependendo do aumento da hostilidade na área.
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