MINISTRO DE MINAS E ENERGIA COBRA INFORMAÇÕES DA VALE SOBRE SEUS EMPREENDIMENTOS EM MINAS GERAIS
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (foto) se reuniu nesta terça-feira (29) com o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, para cobrar explicações da companhia sobre as ações de prevenção de acidentes, além de medidas futuras para seus projetos em Minas Gerais. A reunião já estava prevista na agenda no ministro antes mesmo do acidente da barragem de Brumadinho, na última sexta, mas a pauta foi alterada para dar um puxão de orelhas na mineradora, responsável pelo empreendimento.
O número de mortos na tragédia subiu para 84, segundo atualização na noite de hoje da Polícia Militar de Minas Gerais. Há ainda 276 pessoas desaparecidas, mas as projeções de encontrar sobreviventes não são animadoras, na avaliação do Corpo de Bombeiros.
O rompimento da barragem de Brumadinho também trouxe dúvidas e preocupações com outros empreendimentos do tipo, como as barragens de rejeitos em Poços de Caldas e em Caldas, dois municípios de Minas Gerais. Nas redes sociais, postagens indicavam para possíveis riscos de acidentes ambientais.
A INB, responsável por uma unidade de tratamento de minérios em Caldas, disse que as denúncias são inverídicas. Nas redes sociais, circulava também uma reportagem sobre o empreendimento de 2016. A companhia afirma que após a matéria, veiculada no Jornal Nacional, foi contratada uma consultoria da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) para fazer uma análise de dados da barragem de rejeitos, inclusive sobre a estabilidade. O laudo da UFOP indicou a necessidade de desativação de um sistema de captação da água do reservatório até a estação de tratamento e sugeriu a construção de um novo. As obras devem ser concluídas em junho de 2019.
Já a Alcoa informou que as suas áreas de resíduo de bauxita (ARBs) em Poços de Caldas não tem similaridade com as barragens de rejeitos de minério de ferro. A empresa acrescentou que os empreendimentos foram construídos dentro de rigorosos padrões nacionais e internacionais. “Temos nove ARBs, sendo quatrro em operação e cinco já reabilitadas, todas consideradas estáveis”, declarou.
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