MINISTRO DE MINAS E ENERGIA E OUTRAS AUTORIDADES PARTICIPARÃO DO EVENTO NUCLEAR LEGACY, QUE COMEÇA NESTA TERÇA-FEIRA

Uma semana cheia para membros da indústria nuclear, que desembarcam em Brasília para participar de discussões de alto nível sobre os rumos do setor. A Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) realiza amanhã (7) e na quarta-feira (8) o evento Nuclear Legacy, que acontecerá de forma inédita na capital brasileira, no Clube Naval de Brasília. O encontro já é tradicional no calendário do setor nuclear e chega a sua sétima edição. Além de homenagear as figuras de destaque que mais contribuíram para o fortalecimento da indústria nuclear, o evento também é um espaço para discussões relacionadas ao segmento. Neste ano, o Nuclear Legacy terá a presença em peso de membros da esfera política, a exemplo do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do presidente da Frente Parlamentar Nuclear, deputado Julio Lopes. Além disso, o alto comando da Marinha e presidentes de importantes empresas também estarão presentes.

O presidente da ABDAN, Celso Cunha (foto principal), fala da expectativa para essa edição do encontro: “É a primeira vez que o Nuclear Legacy chega a Brasília. Muitos membros do governo participarão desta vez. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já confirmou presença e estamos aguardando a confirmação de outros ministros. Muitos secretários dos diversos ministérios também estarão presentes. Estamos preparados para receber 300 pessoas, mantendo sempre o padrão de qualidade do Nuclear Legacy”.

Edição do Nuclear Legacy em 2022 reuniu centenas de membros do setor nuclear brasileiro

O primeiro dia do evento será dedicado a homenagens, reconhecendo pessoas que contribuíram significativamente para o setor. Serão oito categorias a serem premiadas: Relações Institucionais/ Diplomacia, Medicina Nuclear, Jornalista, Indústria Tecnologia, Defesa, Pesquisa & Desenvolvimento, Geração de Energia- Setor de energia e Mídia. Pela primeira vez na história, algumas categorias da votação serão abertas ao grande público, como por exemplo o Prêmio Jornalismo Energia Nuclear 2023, que irá eleger o melhor jornalista, veículo e reportagem do setor ao longo do ano anterior.

O Nuclear Legacy será também espaço para estabelecer parcerias e cooperações entre empresas, instituições e órgãos governamentais. Durante o evento, serão realizadas assinaturas de contratos e acordos, impulsionando o desenvolvimento de projetos e tecnologias nucleares no país. Cunha explica também que o Nuclear Legacy vai apresentar dados concretos sobre o impacto do setor nuclear na economia, incluindo estudos da Fundação Getulio Vargas que serão detalhados no segundo dia do evento. A ABDAN, em parceria com o Sebrae, apresentará também um trabalho de dois anos de duração, focado na formação de micro e pequenas empresas para o setor nuclear.

“Esta edição representa um marco histórico para a ABDAN e todo o setor nuclear brasileiro. É uma oportunidade única de reunir especialistas, autoridades e parceiros para discutir o papel fundamental da energia nuclear em nossa matriz energética e explorar novas perspectivas para o segmento. Estamos entusiasmados em promover este encontro que fortalecerá o diálogo sobre as possibilidades da tecnologia nuclear para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Com debates, assinatura de contratos e homenagens a personalidades, o evento reafirmará nosso compromisso com a promoção de uma energia limpa, segura e inovadora para o futuro do país”, finalizou o presidente da ABDAN.

O evento terá ainda outro momento importante. Os vencedores das Olimpíadas Nucleares Brasileiras (ONB) – Hackpower 2023 serão premiados durante o Nuclear Legacy. A competição intelectual, direcionada a estudantes de graduação, mestrado e doutorado, foi lançada ainda no início do ano pela ABDAN, em parceria com as pesquisadoras Patricia Wieland e Eliene Silva. Os participantes foram divididos em grupos e tiveram até setembro para desenvolver as soluções para os temas propostos. Ao todo, quase 50 alunos se inscreveram nas Olimpíadas Nucleares Brasileiras.

Hackapower teve a participação de 30 estudantes de universidades brasileiras

Conforme noticiamos, o grupo Amaná foi o grande vencedor da competição intelectual, com o projeto intitulado “Complexo de Energia Limpa: Inovação Nuclear com o Uso de SMR para Produção de Combustíveis Sintéticos Utilizando Água Salobra e CO2 da Atmosfera”. A equipe é composta por alunos de diferentes universidades brasileiras: Larissa Pinheiro, do curso de Engenharia Nuclear da COPPE – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Iago Gomes, do curso de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Nucleares – Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Isabella Magalhães, do Departamento de Engenharia Nuclear – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Suelen Oliveira, do curso de Pós-Graduação em Engenharia Nuclear – Instituto Militar de Engenharia (IME) e João Alegrio, da Escola Politécnica – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para o tema energia, a competição contou com mentoria de Leonam Guimarães (diretor técnico da ABDAN) e Karla Lepetitgaland (Eletronuclear). O júri do tema energia foi composto de Carlos Leipner (Global Nuclear Energy Strategy), Alice Cunha (Westinghouse) e Paulo Berquó Sampaio (Instituto de Engenharia Nuclear).