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MINISTRO DO MEIO AMBIENTE DIZ QUE IBAMA NÃO É PARA VETAR PROJETOS, MAS DIZER EM QUE CONDIÇÕES DEVE SER FEITO

22O abastecimento energético de Roraima continua dando dor de cabeça para o governo em função da instabilidade política na Venezuela e o mau funcionamento da hidrelétrica  de Guri, que   sofre com a falta de manutenção e peças de reposição. Tanto que o  Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já deu sinais nesta segunda-feira(25)  que o governo brasileiro está aberto a avaliar novos projetos hidrelétricos na região da Amazônia, mas que a decisão sobre eventuais novos empreendimentos dependerá de uma avaliação técnica do Ibama. Ele criticou a interferência ideológica em processos de licenciamento ambiental.  Ao falar durante seminário da Associação Brasileira de Relações Institucionais (Abrig), Salles defendeu que o Ibama avalie projetos e riscos a eles relacionados em uma base estritamente técnica: “O licenciamento ambiental não é um instrumento para dizer não. Ele é um instrumento para dizer em que condições sim”.

O Ministro disse que  trabalho do Ibama é pesar benefícios e riscos de cada projeto para, ao final da análise, decidir se há medidas que possam ser impostas para mitigar os riscos, permitindo o avanço do empreendimento. Ele reconheceu que a Amazônia é uma região sensível  devido à sua biodiversidade e que a construção de hidrelétricas ali não deve ser analisada da mesma maneira que em outras regiões do país: “ A Amazônia é um lugar plano, cada lugar que alaga tem consequências seríssimas. Quem vai determinar se é possível ou não é o Ibama, à luz de informações que o próprio setor levar ao órgão”.

O ministro criticou decisões de governos anteriores em processos de licenciamento ambiental. Para ele,  foram baseadas em uma visão ideológica, o que teria, na prática, prejudicado o meio ambiente. Um desses exemplos, de acordo com o ministro, é o linhão de transmissão projetado para conectar o estado de Roraima ao sistema elétrico interligado brasileiro, que ainda não obteve licença ambiental. Sem a linha, Roraima depende de térmicas e importações de energia da Venezuela, o que resultou anteriormente em blecautes constantes no estado.

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