MINISTRO DO MEIO AMBIENTE RECEBERÁ ENTIDADES EM BRASÍLIA PARA DEBATER GARGALOS NO SETOR ELÉTRICO
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se reunirá em Brasília com representantes do setor elétrico para debater os gargalos e reivindicações desta indústria no que diz respeito ao licenciamento ambiental de empreendimentos. Nesta semana, Salles participou de uma reunião virtual do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), quando assistiu a uma apresentação com dados e desafios do segmento. Ao final do encontro, o ministro disse que queria aprofundar o debate e que gostaria de fazer uma reunião presencial com os representantes de entidades na semana que vem ou na próxima.
Durante a apresentação virtual, o presidente da FMASE, Marcelo Moraes, lembrou dos investimentos já feitos e os previstos para os próximos anos que devem ser feitos pelo setor elétrico. No caso da geração eólica, por exemplo, o segmento desembolsou R$ 18 bilhões em 2019. Já a fonte solar tem um montante previsto em R$ 25,8 bilhões em investimentos até 2025, referentes aos projetos já contratos em leilão.
Moraes lembrou ainda da retomada da expansão da fonte nuclear no Brasil. “Também vemos com muito bons olhos uma possível expansão da matriz nuclear do Brasil com a conclusão da obra de Angra 3”, disse o presidente da FMASE. O setor nuclear foi representado na reunião pela gerente de meio ambiente da Nuclep, Viviane Montebello, em nome da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan).
O ministro Salles reconheceu que existem narrativas sobre dificuldades de licenciamento de empreendimentos eólicos e solares e pregou uma menor interferência estatal exagerada na indústria. “A regulação tem que ser feita na medida do necessário. [Devemos] evitar a interferência do Estado nos setores privados em geral, no elétrico não é diferente”, disse. “Da nossa parte, tanto o Ibama quanto o ICMBio tem tido desde o início de uma orientação de tratar os assuntos com absoluta técnica, sempre com análises técnicas e de bom senso. Não há nenhuma instrução nossa para que haja relativização de normas”, concluiu.
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