MINISTRO EDUARDO BRAGA CRITICA SAÍDA DO PMDB DO GOVERNO E AFIRMA QUE SEGUIRÁ NO CARGO

O momento é repleto de reformulações para o governo federal, mas as diretrizes do setor energético nacional devem continuar as mesmas por tempo indefinido. Contrariando a orientação do PMDB, partido ao qual é filiado, o ministro de Minas e Energia Eduardo Braga (foto) afirmou nesta semana que continuará no governo da presidente Dilma Rousseff e dará prosseguimento a seu trabalho à frente da pasta. Segundo Braga, que se reuniu nesta segunda-feira com o ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o desembarque do partido foi feito de forma precipitada.

O cenário é de incertezas em Brasília, e o governo parece ainda não tomar forma concreta em suas graduais mudanças. À medida que aguarda uma decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para poder assumir o governo do Estado do Amazonas, após cassação do governador José Melo, o ministro Braga vem se posicionando em defesa da permanência do PMDB no Planalto. Junto a outros cinco ministros, ele se arrisca hoje a sofrer punições por desrespeito ao direcionamento do partido.

Próximo à base aliada do governo, Braga afirmou não estar sendo pressionado a deixar a pasta e que está “à disposição da presidente”, apesar da determinação para que parlamentares do PMDB abandonassem seus cargos no Planalto. O ministro afirmou que o desembarque do partido, anunciado após reunião de três minutos no último dia 29, foi um movimento precipitado que não deveria ter ocorrido.