MINISTRO HOLANDÊS DEFENDE A EXPANSÃO DA ENERGIA NUCLEAR POR SER LIMPA E MAIS BARATA DO QUE EÓLICA E SOLAR

A Holanda está considerando a expansão da energia nuclear em sua matriz energética, de acordo com uma carta apresentada pelo ministro de Assuntos Econômicos e Política Climática, Eric Wiebes, ao parlamento holandês,   junto com um relatório dos consultores Enco. O gabinete vai agora preparar uma documentação solicitando que o país faça uma consulta de mercado para avaliar o interesse comercial em uma nova construção nuclear. A energia nuclear tem um pequeno papel no fornecimento de eletricidade holandês, com o reator de água pressurizada Borssele de 482 megawatts (líquido) fornecendo cerca de 3% da geração total, construída pela Siemens em 1973.  Em maio de 2018, o governo anunciou um projeto de lei para a eliminação progressiva da geração a carvão. Duas das cinco fábricas devem fechar antes de 2025 e as outras três antes de 2030.

Eric Wiebes disse que “Os pesquisadores argumentam que a energia nuclear não é mais cara do que a eólica e solar se os custos do sistema forem incluídos da mesma forma. É uma matriz  que é uma das opções mais econômicas para eletricidade confiável sem CO2 após 2030 , e também a forma mais segura de produzir energia por terawatt hora”. O relatório da Enco   afirma que, com a correção do custo do sistema, o custo nivelado da eletricidade da energia nuclear é de EUR74 / MWh, que é menor do que o vento offshore a EUR85 / MWh. Ele diz que “o principal obstáculo hoje em dia continua sendo a economia da nova energia nuclear”, mas essa experiência na China mostra que as usinas podem ser construídas dentro do prazo e do orçamento.

O relatório diz que “Quando países como a Holanda selecionam uma planta de um fornecedor experiente, agora pode-se esperar que o potencial para grandes atrasos na construção e estouros de custo seja limitado. Reatores de pequeno e médio porte permitem um investimento também com boas condições de se incrementar tanto quanto as usinas de grande escala.”