MINISTRO SAUDITA AFIRMA QUE REDUZIR PRODUÇÃO DE PETRÓLEO É IMPOSSÍVEL NO ATUAL CENÁRIO

O conflito de interesses está marcando a busca por novas saídas para a crise internacional da indústria de petróleo. Apesar das pressões por um corte produtivo no intuito de elevar o preço do barril, o minitro de petróleo da Arábia Saudita Ali bin Ibrahim Al-Naimi (foto) afirmou nesta semana que uma redução na produção de óleo bruto é impossível no atual cenário, o que aponta para uma perspectiva de retomada lenta para o setor. Segundo o ministro, o congelamento dos níveis produtivos, definido na última semana entre alguns dos maiores países produtores, é um início para o processo, mas um acordo para redução não seria respeitado pelas grandes potências do setor.

A afirmação foi feita nesta terça-feira (23) e, ao passo que reduz as expectativas quanto a uma possível redução, confirma os caminhos que vêm sendo traçados em direção a um controle dos volumes produzidos entre os grandes produtores. O governo saudita vem se mobilizando junto a Venezuela, Rússia e Catar para expandir um acordo de congelamento de produção, extendendo o tratado a outros países. O grupo fará uma nova reunião em março para debater medidas de combate à queda do preço do barril.

A expectativa é de que o encontro, anunciado pelo governo venezuelano, conte com mais países integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O objetivo definido até o momento é conseguir que mais nações congelem suas produções até junho, mantendo os níveis registrados no último mês de janeiro. Com o limite para o total produzido, a organização espera deter a queda do preço do barril de petróleo, atualmente negociado na casa dos US$ 30.