MOÇAMBIQUE APOSTA EM DOBRAR AS RESERVAS DE GÁS DO PAÍS NOS PRÓXIMOS TREZE ANOS
A esperança é a última que morre. Essa é a base da perspectiva de Moçambique que aposta e acredita que daqui a 13 anos poderá ter descoberto o dobro das reservas de gás natural hoje identificadas no país, que colocariam o país em destaque a nível mundial, anunciou a ministra dos Recursos Minerais e Energia, Letícia Klemens. Para ela, as perspetivas de novas descobertas são animadoras, prevendo-se que até 2030 o país possa ter o dobro dos atuais 180 mil milhões de pés cúbicos encontrados na bacia do Rovuma, ao largo da costa norte de Moçambique. A ministra fez essa afirmação em Tóquio, no Japão, onde participou de um encontro sobre a produção e o consumo de gás natural liquefeito: “A nossa localização é estratégica para responder aos mercados da Ásia, do Pacífico e do Atlântico, bem como para aumentar as oportunidades no oriente médio e na Índia”.
O gás moçambicano é considerado de excelente qualidade, o que se transforma em uma vantagem competitiva em termos de custos. Um consórcio liderado pela petrolífera italiana Eni já anunciou a decisão final de investimento no mar a norte de Moçambique, tornando-se no primeiro grande projeto de gás natural a avançar para a fase de concretização. A plataforma flutuante de extração está em construção e prevê-se que a operação na Área 4 do Rovuma comece no prazo de cinco anos. O consórcio com a anunciou a decisão depois de garantir a venda de toda a produção de gás natural durante 20 anos à petrolífera BP. Outro consórcio liderado pela norte-americana Anadarko anunciou que está para breve o anúncio da decisão final de investimento na Área 1, alguns quilômetros mais a norte, na bacia do Rovuma. Outras atividades de prospecção continuam, de forma a avaliar a viabilidade comercial de outros depósitos de hidrocarbonetos, no fundo do mar e no subsolo do território continental moçambicano.
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