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MODEX ENERGY DRIBLA A CRISE, FECHA 2015 COM BONS RESULTADOS E PREVÊ CRESCIMENTO NOS PRÓXIMOS ANOS

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –

Carlo CervoCrescer em meio à crise é uma exceção dentro do setor de óleo e gás, mas esta é a realidade vivida pela Modex Energy, empresa especializada em contêineres certificados para utilização no setor offshore. Nos quase três anos de atuação no Brasil, a companhia vem tendo bons resultados, de acordo com o diretor geral da companhia no país, Carlo Cervo. Grandes empresas do setor já têm contratos com a Modex, como Halliburton, Schlumberger e empresas especializadas em serviços de hotelaria offshore, como CIS e, mais recentemente, Compass Group. Apesar de sua atuação mundial, a Modex Brasil ainda não trabalha com a perspectiva de expandir suas atividades para mercados da América Latina, apesar de o diretor afirmar que acompanha de perto as movimentações de México e Uruguai. Mesmo com o país e o setor de óleo e gás em crise, Cervo está otimista para os próximos anos, especialmente por conta do movimento de troca de contêineres antigos por frotas renovadas e certificadas, em médio prazo. “Ainda é possível ver diminuição de atividades, com plataformas subutilizadas, embarcações sendo devolvidas, mas acredito que a Modex vai continuar com seu ritmo de crescimento. É uma boa hora para ganharmos nossa fatia de mercado”, afirmou o executivo. 

Quais são as principais demandas do segmento de óleo e gás no mercado de contêineres?

A maior delas é a substituição de frotas não atualizadas por novas, já dentro dos padrões de certificação demandados pela indústria. Ainda vemos em Macaé alguns equipamentos não certificados indo para plataformas, mas em médio prazo isso já não será mais tão comum, o que acaba por abrir espaço para nós da Modex.

Pode falar um pouco a respeito do contrato fechado recentemente com o Compass Group?

O Compass Group é responsável por serviços de hotelaria em embarcações de diversos tipos, como FPSOs, navios-sonda e outros. Essa empresa realiza diversos serviços dentro dessa linha, desde o check-in dos trabalhadores até troca de toalhas, lençóis, além de fornecer garçons para restaurantes a bordo e etc. Essa empresa tem contratos com a Queiroz Galvão Exploração e Produção, Repsol e outras empresas, mas a maior contratante é, sem dúvidas, a Petrobrás. Nós fornecemos os contêineres para o transporte desse material que é levado até os campos que estão sendo explorados. O mais interessante nesse contrato é a mudança de operação, que antes ficava em Macaé, para o Rio de Janeiro. O processo foi realizado em conjunto com a empresa parceira em logística do Compass Group, a Log Frio, que trouxe seu centro de distribuição para Nova Iguaçu.

Quais as vantagens em mudar a operação para o Rio de Janeiro?

A indústria de petróleo não estava acostumada a ter serviços de embarque no Rio de Janeiro, mas há uma tendência de que esses procedimentos comecem a ocorrer mais vezes na cidade. Muito por conta do pré-sal e pelas opções que o Rio de Janeiro tem, como a Brasco, as Docas, o terminal da Triunfo, por exemplo, enquanto o Porto de Macaé está extremamente lotado. Algumas empresas já estavam operando aqui, como Statoil, Chevron e Queiroz Galvão, além da Petrobrás. Para nós, facilita porque não temos mais que trazer os contêineres de Macaé para o Rio, já que toda a operação se dá na cidade, com a maior distância sendo o centro de distribuições da Log Frio em Nova Iguaçu.

Quais os últimos contratos fechados pela Modex?

No último ano nós tivemos alguns contratos interessantes com a Statoil e Halliburton, nomes mais conhecidos do setor de óleo e gás, mas também tivemos bons casos com a CIS Brasil e Alimenta, empresas que operam em Macaé no ramo de hotelaria offshore. Os contratos com a Petrobrás, em especial, são um pouco mais longos, muito por conta da vontade das pessoas que trabalham nas plataformas, que preferem uma manutenção de equipe e material.

Qual a avaliação da Modex para os quase três anos da empresa no Brasil?

O nosso último ano foi de sucesso, com crescimento de receita, o que nos deixa bastante satisfeitos com a atuação da empresa no país. Podemos dizer que a empresa está saudável, entrando em 2016 com alguns contratos de longo prazo assinados, os principais deles com a CIS, Alimenta e Compass. Nossa estratégia de não realizar compra de frota especulativa, ou seja, esperamos surgirem os contratos para realizar investimentos, tem se mostrado um sucesso. É preciso ter em mente o crescimento atrelado aos contratos, já que no setor há um excesso de unidades disponíveis no mercado.

O setor de óleo e gás ainda é o mais interessante para a empresa?

Apesar das perdas no setor por conta das crises do país, nós não buscamos outros mercados, já que esse é o nosso ramo de atuação. Nós temos um produto específico para uma área específica, com equipamentos feitos para atuar em plataformas. A crise regulatória no setor de óleo e gás foi um passo para trás que tivemos na indústria offshore, mas ainda assim temos confiança no mercado brasileiro.

Quais as expectativas para este ano?

O Brasil tem uma boa possibilidade de retomar um bom ritmo de negócios ainda esse ano, o que não deixa de fazer de 2016 um ano desafiador. Ainda é possível ver diminuição de atividades, com plataformas subutilizadas, embarcações sendo devolvidas, mas acredito que a Modex vai continuar com seu ritmo de crescimento. É uma boa hora para ganharmos nossa fatia de mercado. Apesar de existirem muitas opções no segmento, nós viemos com outras opções e possibilidades. Como ainda somos uma empresa nova no país, um bom contrato é muito significante nos nossos números finais de receita, que pode acabar gerando um grande aumento com algumas poucas movimentações.

A Modex tem buscado negócios fora do país?

A companhia é global, com operações em todo o mundo, se colocando como a segunda maior do segmento, o que nos coloca sempre em posição de buscar novos negócios. Nossa maior operação é na Noruega, mas também temos atuação na Arábia Saudita, África, Indonésia, Brunei, Austrália e Rússia. A Modex Brasil, especificamente, tem olhado de perto as movimentações do mercado mexicano e uruguaio, mas sem nenhum plano de expansão para a América Latina ou contrato assinado fora do país. É um momento ainda de poucas apostas por conta da situação da indústria. 

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