MOEDA CHINESA JÁ É A BASE DA COTAÇÃO PARA QUEM QUISER COMERCIALIZAR PETRÓLEO COM A CHINA

A  China lançou nesta os esperados contratos de futuros de petróleo em iuanes na Bolsa Internacional de Energia de Xangai. Foi  um primeiro passo para que  o país  transforme sua moeda em referência para fixar os preços das matérias-primas.  Após décadas de adiamentos e o anúncio feito recentemente, a Comissão Reguladora de Valores da China finalmente materializou a medida em uma operação com a qual o país  desafia as referências petrolíferas do mundo que  denominadas em dólares, o Brent e o West Texas Intermediate( WTI).  Este é o futuro na parte continental da China, aberto aos investidores estrangeiros. O país pretende fazer com que no exterior haja uma aceitação se tornem uma referência para as transações globais de petróleo. O interesse da China na chegada de investidores estrangeiros é tanto que, há alguns dias, o Ministério de Finanças anunciou a suspensão dos impostos sobre os rendimentos dos investidores estrangeiros que negociam contratos de futuros de petróleo em iuanes.

Essa suspensão se estenderá durante três anos para os investidores individuais no exterior e também estará vigente para os investidores institucionais, embora neste caso não esteja especificada a duração do prazo. Os contratos futuros serão entregues a partir de  setembro deste ano até março de 2019. Os preços de referência de 15 contratos foram fixados em 416 iuanes (R$ 217), 388 iuanes (R$ 202) e 375 iuanes (R$ 195) por barril, dependendo das datas de entrega. O preço de abertura do primeiro contrato começou em 440 iuanes (R$ 229) por barril. Após 20 minutos da abertura do mercado, 14 mil transações já tinham sido realizadas. A China tentou estabelecer um mecanismo de contratos locais para o comércio de petróleo, mas em logo em seguida deixou de operá-lo. A China  é  o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, depois dos Estados Unidos, e é provável que a demanda cresça no futuro com o aumento do poder aquisitivo da população.