MOMENTO DA INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS TRAZ INCERTEZAS EM TORNO DA 13ª RODADA

RIO DE JANEIRO – Quase dois anos depois da última rodada, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza nesta quarta-feira (7) a 13ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás Natural, no Rio de Janeiro. O momento vivido na indústria de óleo e gás está longe de ser dos melhores, com o barril negociado abaixo de US$ 50 e as investigações da Operação Lava Jato postergando projetos, no entanto, o valor mínimo total para bônus de assinatura é de R$ 978 milhões.

Ao todo, 36 empresas, de 23 países, foram habilitadas a dar ofertas pelos 266 blocos disponibilizados para esta edição, já contabilizada a exclusão da TSL, anunciada na última terça-feira (6). A empresa foi retirada do processo por ter entrado com pedido de recuperação judicial na Justiça.

A expectativa em torno das empresas multinacionais é que mirem as áreas das bacias de Sergipe-Alagoas e Espítiro Santo, que apresentam maiores garantias de retorno por um investimento mais elevado. Empresas nacionais de pequeno e médio porte serão as mais ativas, dando lances na maioria das áreas, segundo avaliação do governo.

Algumas mudanças foram realizadas para esta rodada, como a redução em 40% do Programa Exploratório Mínimo (PEM), medida que reduz os compromissos de investimento mínimo em exploração por parte das empresas. Uma das maiores alterações requisitadas pela indústria, no entanto, não foram incorporadas, como as cláusulas de conteúdo local que não sofreram mudanças de peso. Foram realizadas pequenas flexibilizações nesse âmbito, como a exclusão do acréscimo por descumprimento da obrigação de pesquisa desenvolvimento e inovação. Nossos repórteres estão no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca Rio de Janeiro, desde o início da manhã desta quarta-feira, cobrindo o evento.