MOREIRA FRANCO VAI CONVERSAR COM IVAN MONTEIRO PARA ADIAR MANUTENÇÃO OBRIGATÓRIA DA PLATAFORMA DE MEXILHÃO
A Petrobrás anunciou que está aumentando a sua capacidade de escoamento de gás no sistema de gasodutos da Rota 1 do pré-sal para atender à produção futura da Bacia de Santos e melhorar as condições de suprimento de gás natural para o mercado brasileiro. Para isso, anunciou também uma parada programada de 45 dias da plataforma de Mexilhão. Mas esta informação, ao invés de ser vista como positiva, caiu como uma bomba na ANEEL por suas consequências: Em função da estiagem, o ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico estava contando com o gás de para manter os preços da energia. Sem esse gás da Petrobrás, teria que importar gás ou lançar mão de combustíveis mais caros. O caso mostra duas coisas importantes: a Petrobrás está fazendo o papel dela, com parada para manutenção da plataforma, com a ciência do ONS. Além disso, mostra que apesar das crises hídricas sucessivas, falta planejamento para programação de mais usinas de geração de energia firme, como a nuclear. O país já esta precisando de mais energia. E precisará muito mais com o crescimento vertiginoso do mercado de carros e caminhões elétricos.
Hoje(26), o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que vai se reunir amanhã (27) com o presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, para negociar o adiamento da manutenção de plataformas. Essas manutenções foram programadas para ocorrer entre esta semana e setembro, período em que há falta de chuvas e queda no reservatório das hidrelétricas. O ONS questionou a possibilidade de reprogramação ou reescalonamento, mesmo que em caráter parcial, nas atividades de manutenção. Isso porque o acionamento dessas térmicas resultará em custos adicionais para as distribuidoras de energia, que em algum momento chegarão às contas dos consumidores. Segundo o documento da Aneel ao ONS, uma operação de manutenção na plataforma de Mexilhão até o início de setembro reduzirá a oferta de gás para o Sudeste e o Nordeste, e a Petrobrás aproveitará para realizar reparos em térmicas.
As hidrelétricas são a principal fonte de energia do Brasil, mas, após o fim do período de chuvas, que vai até abril, é normal o acionamento de térmicas para complementar o atendimento à demanda, o que acontece em ordem crescente, das com menor custo até as mais caras, que são as unidades a óleo e diesel. Atualmente, estão acionadas usinas a gás e carvão, e apenas uma térmica a óleo, a UTE Bahia I, mas especialistas têm a avaliação de que mais unidades a óleo deverão ser acionadas no próximo mês, com o início da parada nos empreendimentos da Petrobrás.
Por sua vez, a Petrobrás diz que além de melhorias da estrutura logística, as obras também servirão para atender às inspeções obrigatórias de segurança, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho. Após essa intervenção a estrutura logística de escoamento do polo pré-sal da Bacia de Santos terá capacidade para exportar gás até a unidade de tratamento de Caraguatatuba, em São Paulo, de forma integrada aos outros sistemas de gasodutos da Petrobrás. As ações e soluções tomadas pela Petrobrás estão dentro das regras contratuais e garantem o abastecimento de gás natural no Brasil. A empresa diz que “o cronograma de paradas das termelétricas foi discutido e articulado junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), também de forma antecipada, buscando o mínimo impacto possível ao setor.” Quem vencerá esta batalha ? Quem viver verá.
A parada de Mexilhão possibilitará a interligação submarina de novo trecho do gasoduto ao já existente, permitindo separação da produção de gás do pré-sal e do pós-sal. Durante o período de parada da plataforma, estão sendo realizados melhoramentos também na unidade de tratamento de gás de Caraguatatuba, incluindo a adequação do sistema e automação e implantação de estruturas para futuras conexões de estações de medição.
Un grande exemplo de “ação governamental sinérgica” com perfeito planejamento, e excelência de compliance, e completíssimo programa de SMS. Uma parada para manutenção programada de um campo de petróleo com CO2 e H2S e idem de termoelétricas, pode ser abortada e postergada por ordem de um ministro de minas e energia (minúsculo) denunciado, e “conhecedor profundo de petróleo e manutenção industrial”, onde o ONS tinha prévio conhecimento, por comunicação prévia. Inacreditável. Acho que sobrará a conta para os que pagam energia, gás combustível, etc., tudo sob a ótica de um “perfeito planejamento” e um “plano de contingência” treinado a exaustão.… Read more »
E ainda têm coragem de anunciar tais barbaridades que devem ser, se os técnicos da Petrobras tiverem juízo, como de costume. Já os gerentes camaleônicos? Oxalá eu erre feio no prognóstico. Vixenosenhro de novo.