MORKEN BUSCA AMPLIAR MERCADOS E PRODUTOS PARA SE CONSOLIDAR NA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE DUTOS
Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –
O mercado brasileiro passa por um momento ruim, mas ainda há perspectivas de negócio no país para empresas latino-americanas do setor de óleo e gás. Buscando ampliar a rede de clientes e aprimorar seu portfólio, um grande número de companhias vem se instalando no Brasil ao longo dos últimos anos para atuar nos setores onshore e offshore. Não foi diferente com a argentina Morken, que há oito anos chegou ao país para trabalhar no segmento de dutos junto a clientes de grande porte como a Petrobrás. A companhia possui atualmente um contrato com a Transpetro para inspeção de dutos que foi paralisado devido à falta de verba da estatal, conta o gerente de negócios da Morken, Leonardo Fiorini. As menores demandas, no entanto, vêm impulsionando uma busca da empresa argentina por novas áreas de atuação, entre as quais está a detecção de vazamentos. Com o objetivo de crescer no Brasil, a companhia busca hoje expandir sua oferta de serviços na indústria nacional e estuda uma possível migração para o setor offshore, que continua movimentando grandes projetos mesmo no momento de adversidades. “A ideia é ampliar o nosso número de produtos para começar a trabalhar em outros segmentos. Queremos colocar mais ovos na cesta e começar a vender para mais gente“, afirma Fiorini.
Qual é o foco da empresa no Brasil?
A Morken é uma empresa que trabalha com representações, e aqui no Brasil nosso foco são os dutos, mas trabalhamos também com a área de tanques. Estamos na Argentina, no Chile, no Equador, na Colômbia e no Peru, com operações espalhadas pela América do Sul. O nosso mercado aqui é o de reparo de dutos, inspeção e detecção de vazamentos. Temos também outras tecnologias de inspeção submarina, mas nossos maiores focos são dutos enterrados e aéreos de empresas como Petrobrás, Transpetro, Comgás, e Sabesp.
Vocês atualmente têm contrato com a Petrobrás?
No momento não temos contrato ativo, mas já fizemos alguns. Atualmente temos um contrato nacional com a Transpetro, para inspeção de tubulações enterradas.
Houve mudança nos contratos com o novo plano de negócios?
O nosso contrato travou por questão de verba. Quando começou a crise, a alocação de verba mudou, então paramos a operação. Eles tiraram verba, depois voltaram com ela e agora o contrato parou de novo. Isso aconteceu por causa do planejamento que está mudando de direção na Transpetro, então ficamos um pouco perdidos. Mas acho que não tem jeito, as coisas devem ficar assim até o cenário se acertar.
A Morken busca novos mercados na indústria brasileira?
No momento estamos trazendo novos produtos para aumentar o nosso portfólio, porque não é bom focarmos em um só tipo de produto ou mercado. Trabalhamos muito tempo apenas com inspeção de tubulações enterradas, tendo a Transpetro como maior cliente, então queremos mudar isso e diminuir o risco. A ideia é ampliar o nosso número de produtos para começar a trabalhar em outros segmentos. Queremos colocar mais ovos na cesta e começar a vender para mais gente.
Como a empresa busca sobreviver em meio à crise?
A multiplicação dos nossos produtos auxilia nisso. Nós começamos a entrar em novos projetos, alcançando contratos que não tínhamos antigamente, e essa diversidade está nos ajudando a manter o faturamento no período de crise.
Qual é hoje o principal projeto da Morken?
O principal projeto continua sendo o da Transpetro, com inspeção de dutos, mas estamos começando a sair um pouco dessa dependência. Nós tentamos manter o que temos ao mesmo tempo em que criamos outros apoios. É o caso dos projetos de detecção de vazamento, que ainda não tínhamos e agora estão começando a andar no Brasil. São trabalhos mais esporádicos, mas que neste momento estão dando um fôlego maior para a empresa.
Estão buscando se expandir para a área offshore?
Estamos tentando, mas ainda não conseguimos fornecedores para oferecer novos produtos ao mercado. Esse é um foco nosso, com certeza, porque é nessa área que está o grande investimento atualmente.
E como está o cenário do mercado onshore?
Houve um enfraquecimento, mas outros lados do mercado continuam bem. Trabalhamos com empresas de gás, por exemplo, e há pouco tempo atrás, com a queda dos volumes de água em São Paulo, o setor bombou por causa dos geradores usados nas indústrias. Ou seja, saiu de uma área e migrou um pouco para outra.
Qual é o maior foco da Morken na área de gás?
Inspeção de tubulações, principalmente. Nós atuamos no país inteiro com empresas grandes como a Comgás, a Compagás e a Bahiagás.
Como está a situação do mercado brasileiro em relação aos países vizinhos?
A situação do mercado brasileiro é mais grave, mas todos estão sofrendo neste momento, como é o caso da Argentina. O Brasil, como vinha em um momento de crescimento anos atrás, recebeu um freio mais abrupto. O mercado argentino está em um momento ruim, mas não esteve tão bem nos anos anteriores. Então aqui o problema veio com mais força.
A maior parte dos projetos está na Argentina?
O nosso faturamento é maior na Argentina por causa do número de produtos que temos lá. Como atuamos há 20 anos, a carteira de produtos é muito maior lá do que aqui; arrecadamos menos por cada produto, mas na somatória é maior que no Brasil. Embora os projetos sejam maiores, aqui temos menos produtos e o faturamento atual ainda é menor.
Há expectativa de melhora nos próximos meses?
A nossa expectativa é de que deve melhorar, porque a situação está muito difícil agora. Nós não podemos ficar parados, e por isso estamos nessa tentativa de conseguir novos produtos e novos parceiros para crescer. Não vamos ficar esperando a coisa acontecer e estamos tentando fazer a nossa parte para melhorar.
Boa noite Leonardo!
Me coloco a disposição para desenvolvermos juntos o mercado Nordestino.
Conheço muito bem a região e já trabalho nos segmentos de petróleo, gás, mineração e indústria em geral.
Caso seja de vosso interesse, por favor entrar em contato comigo.
79 9105 1524 / 79 9900 1760
José Augusto