MORO DETERMINA NOVA PRISÃO PREVENTIVA PARA MARCELO ODEBRECHT E INDICIADOS SERÃO ENCAMINHADOS PARA PRESÍDIO
O cenário continua hostil para a Odebrecht conforme se desdobra a Operação Lava Jato. Após entrar com pedido de habeas corpus nesta semana, o presidente da companhia Marcelo Odebrecht teve decretada uma nova prisão preventiva, junto a outros executivos ligados à empresa. Para piorar sua situação, o juiz federal Sérgio Moro acatou ao pedido da Polícia Federal e autorizou a transferência do executivo para o Complexo Médico Penal do Paraná. Além dele, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e outros seis executivos terão o mesmo destino.
O novo decreto de prisão contra Odebrecht teve como justificativa a movimentação de contas da empreiteira na Suíça, apontando para um esquema de propinas no exterior. Além do presidente da empreiteira, também foram atingidos pela decisão os executivos Rogério Araújo, Alexandrino Alencar, César Ramos e Márcio Faria.
As investigações da Lava-Jato tem analisado os extratos bancários que confirmam depósitos de propina nas contas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, do ex-diretor de Serviços, Renato Duque, dos ex-diretores de Internacional, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, e do ex-gerente de Engenharia, Pedro Barusco. Segundo o juiz Moro, “pelo relato das autoridades suíças e documentos apresentados, há prova, em cognição sumária, de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas pela Odebrecht e contras secretas mantidas no exterior por dirigentes da Petrobrás”.
No Complexo Médico Penal de Curitiba, os empreiteiros e seus funcionários ficarão separados dos presos comuns por “motivos de segurança”, de acordo com Moro. No documento que autoriza a transferência, o magistrado afirmou que apesar das “relativas boas condições” da carceragem da PF, a unidade “não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos.”
Deixarão a carceragem da PF nos próximos dias os presidentes da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, bem como Elton Negrão, Alexandrino Alencar, César Ramos, João Antônio Bernardi Filho, Márcio Faria e Rogério Araújo. Todos foram indiciados pela PF pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.
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