JUIZ SÉRGIO MORO SÓ QUER PRESOS MANDANTES DO CRIME DE CORRUPÇÃO E MANDA SOLTAR IRMÃO DE JOSÉ DIRCEU
O juiz federal Sergio Moro não quer peixe pequeno. Ele mandou soltar o irmão do ex-ministro José Dirceu e outras duas pessoas suspeitas de desvios de dinheiro de obras públicas. Para ele, as prisões só se justificam para mandantes dos crimes. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Dirceu, Roberto Marques, ex-assessor do ministro, e o empresário Pablo Kipersmit estavam presos temporariamente há dez dias na sede da Polícia Federal de Curitiba. Com isso. Abrem-se três vagas que podem indicar novas prisões brevemente.
Os dois primeiros são investigados sob suspeita de terem feito transações com fornecedores da Petrobrás em benefício do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Kipersmit é apontado como responsável por um contrato de fachada para repasse de dinheiro ao PT a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, por meio do operador Milton Pascowitch. Todos negam irregularidades. O magistrado entende que é preciso aprofundar a investigação. Como o empresário admitiu parcialmente alguns dos fatos, em depoimento à Polícia Federal, ele entende que a investigação seja obstruída com sua libertação.
O Juiz Sergio Moro diz que “a decretação e a manutenção da prisão preventiva de José Dirceu seja suficiente, nesse momento processual, para interromper a atividade delitiva do grupo”.
O empresário reconheceu na Poícia Federal que o contrato feito com Pascowitch e disse que ele foi feito com data retroativa, mas afirmou que houve prestação de serviços. Kipersmit atribuiu a assinatura do acordo ao diretor jurídico da empresa, Valter Pereira. Foram R$ 15 milhões repassados à empresa do operador.
Dirceu, acusado de receber propina da Petrobrás e de simular contratos com sua empresa de consultoria, continua preso por tempo indeterminado na carceragem da PF em Curitiba.
O crime é crime, quando se viola a lei e moral… Crimes maiores ou menores não deixam de ser crimes… O MP deve receber estes elementos dispensados por ora, para prosseguir e julgar a pena cabines, mesmo sabendo terem participado do esquema de forma superficial e indireta… Fizeram parte do esquema é faltaram com o moral, contrariando a lei. E isso é crime.