MORREU O REI DA ARÁBIA SAUDITA, O MAIOR PRODUTOR DE PETRÓLEO DO MUNDO.
A Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo, anunciou esta noite (22) a morte do Rei Abdullah. O Rei estava com 90 anos e estava no trono desde 2005. Seu meio-irmão Salman Bin Abdulaziz, de 78 anos, será o novo monarca. A morte do Rei saudita só foi confirmada no início da noite (hora de Brasília). O funeral deve acontecer nesta sexta-feira. Desde 2011, Salman Abdulaziz é ministro da Defesa. Em 2012, ele foi designado príncipe herdeiro e vice-primeiro-ministro.
O país é considerado um dos mais conservadores do mundo: todo o poder é da família real. Apesar disso, o Rei Abdullah era considerado um modernizador: injetou bilhões de dólares no sistema educacional da Arábia Saudita, abriu a economia do país, inseriu-o na Organização Mundial do Comércio, limitou a autoridade da polícia religiosa e defendia a tolerância.
O maior inimigo da monarquia saudita é o Irã. A disputa entre os dois países revela a divisão do mundo muçulmano na questão Síria: os iranianos apoiam o alauíta Assad, enquanto os sauditas apoiam os sunitas que lutam contra as tropas leais ao regime. Atrás apenas do rei Bhumibol da Tailândia e do sultão do Brunei, Abdullah era o terceiro chefe de Estado mais rico do planeta, com uma fortuna estimada em US$ 18,5 bilhões. Há meses, sua saúde vinha sendo acompanhada de perto pelos mercados, já que o país é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo.
O Rei Abdullah passou por várias cirurgias ao longo dos últimos anos associadas a uma hérnia de disco. Abdullah fora internado em Riad, no último dia de 2014, para exames médicos após sofrer dificuldades respiratórias por conta de uma infecção. À época, a Côrte informou que o o monarca tinha quadro de saúde estável.
Em 1962, Abdullah foi escolhido pelo Rei Faiçal para comandar a Guarda Nacional, e em 1975 assumiu o cargo de vice-premier. Após a chegada do Rei Fahd ao poder, em 1982, tornou-se o príncipe herdeiro, e nesta condição presidiu reuniões de Gabinete e governou o país como Guardião das Duas Mesquitas Sagradas — de Meca e Medina.
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