MPE AGRONEGÓCIOS CONCLUI AS NEGOCIAÇÕES PARA AQUISIÇÃO DA USINA PARAÍSO E VAI COMEÇAR A SUA MODERNIZAÇÃO
Um acordo depois de seis meses de negociações pode voltar a dar vida ao setor sucroalcooleiro do Norte Fluminense. A MPE Agronegócios fechou um acordo com a Usina Paraíso, em Campos dos Goitacazes, para assumir suas operações. A MPE Agronegócios, do empresário Renato Abreu, já controla a Usina Sapucaia, hoje arrendada pela Coagro (Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro). O negócio foi celebrado após uma última reunião entre Renato Abreu e Frederico Paes, diretor da Coagro, e os irmãos Geraldo e Maurício Coutinho, representando a usina de Tocos, que esta em processo de recuperação judicial.
A MPE Agronegócios que fazer o mesmo processo que realizou na Usina Sapucaia, com grande sucesso. A Usina Paraíso será modernizada e haverá estímulos para os plantadores de cana. A ideia é ampliar a produção e levar as duas usinas a funcionarem dentro de suas capacidade operacionais. Nas últimas safras, elas operaram abaixo, devido a escassez de matéria prima. A meta é processar pelo menos 2,5 milhões de toneladas de cana.
Renato, Frederico e os irmãos Coutinho definiram uma parceria de cogestão em novo modelo como uma resposta à crise enfrentada pelo setor que já arrastou para o fechamento nada mais nada menos do que 15 usinas. O projeto da retomada da Usina Paraíso prevê o planejamento com manutenção e reforma do parque fabril pela Coagro para que ela retorne à moagem. A Usina Paraíso vai continuar gerindo a parte agrícola, com plantio de cana e projeção de ampliação das áreas cultivadas.
O empresário Renato Abreu está em negociações para aquisição de mais terras na região. Uma dessas áreas pertencia ao Grupo Othon: “ Para viabilizarmos as operações dessas duas usinas, precisamos de matéria prima. Precisamos passar confiança para os plantadores que eles terão suas produções garantidas. A MPE Agronegócios já investiu em mais de 4 mil hectares que se somaram a outros quatro mil hectares dos cooperados. Mas precisamos mais. Nós vamos reequipar a Usina Paraíso, modernizando seus equipamentos, tornando a usina mais eficiente. Mas para isso, precisamos de cana.”
O empresário também aposta na capacidade de reação do setor, a partir de uma mudança de mentalidade que agrega modernização, inserção de mecanização, irrigação e novas variedades genéticas: “ Para mim, participar deste acordo é uma questão de autoestima. Como empresário eu me sentiria um perdedor se assistisse mais uma usina fechar em Campos. Sapucaia estava parada há quatro anos e voltou. Com mais esta parceria, vamos acelerar o plantio e fazer as duas usinas gerarem mais renda e empregos. Vamos ajudar ao cooperado na capacitação. Isso é fundamental. Nós podemos ajudar a aumentar em 20 % a produtividade por hectare.”
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