MPF REALIZA DEBATE SOBRE TÉCNICA DE FRATURAMENTO HIDRÁULICO NESTA QUINTA-FEIRA

O Ministério Público Federal irá realizar um seminário na próxima quinta-feira (1) para discutir o método de faturamento hidráulico, também conhecido como fracking. A técnica de exploração não-convencional vem sendo usada em larga escala nos EUA para exploração de gás de xisto e a tendência deve chegar ao Brasil.

O fundador e coordenador da Coesus- Coalizão Não Fracking Brasil, Juliano Bueno de Araujo (foto), será um dos palestrantes do evento “Exploração e produção de gás natural de folhelho – Gás de Xisto”. O engenheiro irá levantar os riscos e impactos ambientais econômicos e sociais associados ao fraturamento hidráulico.

“Muito oportuno este seminário promovido pelo MPF, que irá debater a falta de necessidade do Brasil adotar essa tecnologia, extremamente danosa ao meio ambiente, às pessoas e ao planeta, e já banida em muitos países”, afirmou Juliano Araujo.

A técnica é duramente criticada em alguns países e por associações ligadas a questão ambiental. O fracking consiste na perfuração de um poço vertical no qual, uma vez alcançada a profundidade desejada, a broca é girada 90° em sentido horizontal e continua perfurando uma distância de 2000 a 3000 metros. A principal questão dos que são contra é a possível contaminação de lençóis freáticos por parte dos produtos químicos injetados para dissolução da rocha.