MRM LOGISTICS ABRE UNIDADE EM SANTOS COM PLANO DE EXPANSÃO NA ÁREA OFFSHORE

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

A MRM Logistics foi criada em 2004, com o intuito de atuar no agenciamento de transporte marítimo, aéreo e rodoviário, desenvolvendo projetos logísticos, e atualmente está direcionando seu foco para o setor offshore. A empresa fica sediada no Rio de Janeiro e conta com um escritório comercial em Macaé, mas as oportunidades que estão surgindo em Santos e a previsão de investimentos em exploração de recursos não convencionais em Minas Gerais geraram a necessidade de duas novas unidades na região Sudeste. Uma delas, inaugurada no dia 1° de setembro, será voltada para atender à região portuária santista, enquanto a outra terá atuação comercial em Belo Horizonte, prevista para os próximos meses. O diretor de planejamento e marketing da MRM, Bruno Pacheco, contou que o objetivo é que a área naval e offshore chegue a representar entre 60% e 70% do faturamento da companhia, ante os 40%-50% atuais.

Como é a atuação da MRM Logistics?

A MRM nasceu em 2004, vem crescendo muito e tem como foco o agenciamento de transporte aéreo, marítimo e rodoviário, além de logística internacional e doméstica porta a porta. Não temos uma frota própria, mas fazemos todo o projeto logístico, passando a ser um braço da logística de suprimentos do nosso cliente, e damos uma solução que ajude ele a ganhar agilidade na contratação de fornecedores, máquinas e suprimentos.

Na área naval, como se dá?

Nossos clientes, principalmente estaleiros, precisam trazer equipamentos do exterior para suas operações, então nós vemos as necessidades relacionadas a prazo e custo, vemos as opções de modais, e desenvolvemos o projeto logístico que melhor atender à demanda em questão. A logística é porta a porta, porque também fazemos desembaraço aduaneiro e a distribuição para o armazém ou o cliente final, de acordo com o pedido. Também fazemos o cross-docking, que é o cruzamento de modais.

Quais os maiores clientes aqui no Brasil?

Os principais são Estaleiro Ilha S.A (EISA), Estaleiro Mauá, Chevron, Norskan OffShore, DOF Subsea, Hermasa, Geokinetics e PGS, sendo que fechamos com dois novos clientes durante a Brasil Offshore.

Quais?

A Vard (antiga STX OSV) e a Enaval. É importante ressaltar que adotamos um posicionamento estratégico de investir no mercado naval e offshore como prioritário. Então estamos com maior presença no setor, nos eventos etc.

Qual a participação atual da área offshore nos negócios da empresa?

O percentual de representação da área offshore e naval no nosso faturamento deve crescer em 30% este ano. Hoje ele representa cerca de 40% a 50% do total da empresa, e a ideia é que ele alcance de 60% a 70%.

Como é a estrutura da empresa atualmente?

A sede fica no Rio de Janeiro e temos um escritório em Macaé, mas não temos operação lá. Agora teremos novas unidades. Uma delas, em Santos, foi inaugurada no dia 1° deste mês, e a segunda, em Belo Horizonte, deverá ser instalada nos próximos meses.

Quais serão os focos?

Em Santos, temos operação incluída, com analistas de importação e exportação, armazém, equipe de logística, e uma equipe de vendas interna, que vê as demandas, faz cotações etc. É uma joint venture com um de nossos parceiros na Alemanha, que é a Cross Freight. Já em Belo Horizonte será um escritório comercial, como o de Macaé.

Qual foi a avaliação que levou à decisão?

Pelo aquecimento do mercado naval, tudo que gira em cima do setor portuário, com a grande movimentação de Santos. Já em Belo Horizonte é fruto dos investimentos em extração de gás não convencional que estão previstos para Minas Gerais. Em função disso, o mercado lá vai crescer e a necessidade de suporte logístico também vai aumentar bastante.

Qual a perspectiva do crescimento total do faturamento este ano?

De 15% a 20%.