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NA ABERTURA DO SIEN, MERCADO E GOVERNO APONTAM NECESSIDADE DE EXPANSÃO DA ENERGIA NUCLEAR

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

IMG-20180725-WA0008Na manhã desta quarta-feira (25), o setor nuclear se reuniu na abertura do Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2018) e os debates iniciais do encontro uniram as vozes do mercado e do próprio governo em um tom único: a necessidade de expansão da energia nuclear na matriz energética brasileira. A mesa inicial de apresentações foi conduzida pelo presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, que destacou novamente a importância da tomada de decisão em torno da retomada de Angra 3, cujas obras estão paralisadas desde 2015. Para o executivo, quanto mais o tema da fonte nuclear for debatido, maior será o entendimento em torno da urgência da conclusão de Angra 3.

O presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, também participou da mesa de abertura do evento. Ele frisou que o momento atual do setor nuclear traz importantes e animadoras novidades, como a elaboração de uma política nuclear conduzida pelo Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB). Contudo, Leonam ainda demostrou preocupação com tópicos fundamentais para a retomada de Angra 3: “Temos um fato que não sai da cabeça de ninguém, que é Angra 3, cujo impacto é enorme [para o setor]. Angra 3 é uma questão de sobrevivência para a Eletronuclear. A usina precisa ter duas coisas resolvidas, uma é a tarifa atual, que se demonstrou inviável; e outra é o reperfilamento da dívida da empresa associada ao empreendimento“.

IMG-20180725-WA0024A resolução destes dois temas vai viabilizar a retomada das obras da usina, cujos benefícios já estão no radar do governo. Na apresentação feita pelo diretor de estudos de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Amilcar Guerreiro, ele destacou que em face da restrição de expansão da energia hidrelétrica, crescerá a importância da geração termica de base, como é o caso das usinas nucleares e de gás, sendo que a primeira opção é mais barata e não poluente.

No campo legislativo, a questão de Angra 3 também tem ganhado atenção. O deputado federal Júlio Lopes, que também esteve na cerimônia de abertura do SIEN, falou da movimentação em Brasília para viabilizar o empreendimento e, consequentemente, trazer benefícios econômicos para o Rio de Janeiro. “Estou muito disposto, caso seja reeleito, a atuar na defesa intransigente da conclusão de Angra 3, porque ela é a salvação da economia do Rio de Janeiro e das cidades do entorno“, pontuou o parlamentar.

O diretor do SIEN, Carlos Emiliano, compartilha do mesmo pensamento e afirma que Angra 3 pode ser sim a solução econômica para o Rio de Janeiro. Alem de gerar negócios e contratos que giram na casa dos bilhões, Angra 3 será uma estimuladora de novas centrais nucleares, na visão de Emiliano. “Parar Angra 3 também interrompe uma série de outros projetos, que fazem parte de uma cadeia, como a Nuclep e a INB”, afirmou. “Qualquer medida hoje precisa ser vista como política para o srtor e não apenas conjuntural”, acrescentou

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