NA ACAREAÇÃO COM PAULO ROBERTO COSTA, ALBERTO YOUSSEF ACUSA O DEPUTADO CELSO PANSERA DE INTIMIDÁ-LO E AMEAÇAR A FAMÍLIA DELE | Petronotícias




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NA ACAREAÇÃO COM PAULO ROBERTO COSTA, ALBERTO YOUSSEF ACUSA O DEPUTADO CELSO PANSERA DE INTIMIDÁ-LO E AMEAÇAR A FAMÍLIA DELE

depoimentoA CPI da Petrobrás quer convocar o ex-presidente Lula para prestar depoimento. O pedido foi feito pelo Deputado Onix Lorenzoni durante a acareação entre o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef nesta terça-feira (25).  Entre os destaques dos depoimentos está a declaração de Youssef, ao se recusar responder algumas perguntas, afirmou que um outro delator vai esclarecer o suposto pedido do ex-ministro Antônio Palocci por recursos de propina para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, indicando que outro operador teria cuidado do assunto. Esse ponto é uma das principais divergências entre os depoimentos de Youssef e Paulo Roberto Costa. A Acareação começou por volta das duas e meia e ainda não tem hora para terminar.

Em seus depoimentos, Costa disse  que Youssef lhe procurou em 2010 e disse que o ex-ministro Palocci pediu uma contribuição de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma. Costa afirma que autorizou ao doleiro que fizesse o repasse, a ser retirado do caixa das propinas referentes aos contratos das empreiteiras com a Petrobrás. Youssef, porém, nega ter recebido o pedido e diz que não conhecia Palocci. Seja um seja outro, o que valeu, para Costa é que:

“ Palocci recebeu o dinheiro”.

No início da noite, ao ser perguntado sobre se sentiu intimidado por alguem da CPI, o doleiro Alberto Youssef , confirmou que o Deputado Celso Pansera, do PMDB do Rio de Janeiro,  é o autor de ameaças à sua família. A situação causou grande constrangimento e um debate entre os participantes. O presidente da CPI prometeu que o caso será apurado.

Resguardado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, que lhe autorizou a ficar calado, mesmo tendo assinado um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, Youssef não respondeu a todas as perguntas e, por diversas vezes, preferiu ficar em silêncio. O relator lhe perguntou sobre a acusação que o doleiro tinha feito à Justiça Federal de que a CPI estava lhe ameaçando, por causa da quebra de sigilo e convocação de seus familiares, questionando-lhe quem seriam esses parlamentares. Youssef no primeiro momento relutou a responder, mas ao final foi bem objetivo ao ser novamente questionado pelo deputado Celso Pansera:

“Olha, é vossa excelência”.

Já Paulo Roberto Costa disse que estava à disposição, mas ressaltou que não teria novidades para apresentar à comissão porque já prestou 126 depoimentos:

 “Posso esclarecer alguma coisa, mas não tenho novidade. Vossas excelências já conhecem todos meus depoimentos”.

A compra da Refinaria de Pasadena voltou com força na CPI. O tema também foi levantado pelo Deputado Lorenzoni, que questionou o ex-diretor Paulo Roberto Costa  sobre a compra  de Pasadena. Costa lembrou que a diretoria da Petrobrás não teria competência para a compra de uma refinaria, mas apenas o Conselho de Administração, a época presidido pela presidente Dilma Roussef. Costa lembrou que o próprio estatuto da Petrobrás  prevê  esta situação.

Outra assunto trazido na CPI foi o Conteúdo Nacional e a participação das empresas brasileiras nos projetos. Paulo Roberto Costa defendeu que se tenha cautela na punição das empresas, já que elas são a memória da engenharia nacional. Defendeu a punição das pessoas, mas não das empresas. Disse também que não se pode esperar que empresas pequenas e médias ou empresas estrangeiras ocupem o lugar deixado pelas grandes empresas de engenharia do Brasil. Na opinião dele isso poderá trazer riscos e grandes atrasos nas operações.

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