NA BUSCA POR VIVER NO MUNDO DA LUA, FRAMATOME E ENEA FORMARÃO PARCERIA PARA DIVIDIR SEUS CONHECIMENTOS

A busca pelo mundo da lua. A Framatome da França e a Agência Italiana para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Sustentável, ENEA, vão explorar soluções tecnológicas avançadas para reatores nucleares para alimentar futuros assentamentos na Lua. O memorando de entendimento entre as duas empresas abrange três áreas: estudos sobre o combustível necessário para o reator, com vistas a garantir eficiência e segurança; o desenvolvimento de novos materiais capazes de suportar as condições extremas do espaço; e o uso de manufatura aditiva para componentes do reator. A Framatome disse que “com o equivalente a 14 dias terrestres de escuridão a cada noite lunar e temperaturas de -130°C na superfície lunar, a energia nuclear nos dará os meios para permanecer por longos períodos no

espaço, fornecendo uma fonte de energia segura, confiável e duradoura”.

Grégoire Lambert (foto à direita), vice-presidente da Framatome Space, disse que  “O sucesso geral desses desenvolvimentos exigirá diferentes competências europeias; estamos felizes em fazer parte dessa aventura.” Há diversos projetos diferentes que buscam usar a tecnologia nuclear para alimentar futuras infraestruturas e assentamentos na Lua, com a Framatome afirmando: “Este acordo marca uma etapa essencial na exploração espacial e no uso sustentável dos recursos lunares. Aumentar a maturidade tecnológica dos reatores nucleares para aplicações na superfície ampliará o portfólio de conhecimento e capacidades da Europa, um recurso vital na corrida para o retorno dos humanos à Lua e na preparação para futuras viagens a Marte.“

Para Alessandro Dodaro (foto à esquerda), Diretor do Departamento Nuclear da ENEA, “Reunir e integrar nossa expertise com a Framatome é um trampolim para aumentar o alcance internacional de nossas atividades em reatores nucleares de superfície, o que é uma pré-condição para o sucesso em um empreendimento tecnológico tão complexo. Além disso, a colaboração permitirá o desenvolvimento de soluções técnicas ainda mais competitivas, impulsionando ainda mais a maturidade industrial do setor.”