NA CONTRAMÃO DO MERCADO, PLANALTO CONTINUA VENDO CREDIBILIDADE PARA MANTER DIRETORIA DA PETROBRÁS
A presidente Dilma Rousseff saiu em defesa de Graça Foster depois da enxurrada de novas informações que começaram a minar a credibilidade de presidente da Petrobrás. Apesar da denúncia da ex-gerente Venina Velosa de que alertara Graça sobre irregularidades que ocorriam na estatal, Dilma disse que não vê motivos para demiti-la, assim como não tem “nenhuma indicação de que falta credibilidade para a Graça Foster”, ao contrário do que pensam o mercado de petróleo e gás brasileiro e investidores internacionais.
A falta de condição para que Graça e sua diretoria continuem, à luz das revelações feitas por Venina, não parece ter sido bem assimilada pela presidente Dilma, que afirmou considerar um “absurdo” fazer acusações sem provas. No entanto, a ex-gerente já havia apresentado comprovantes de e-mails e documentos internos relacionados às suas denúncias, material que já foi inclusive entregue ao Ministério Público.
Dilma disse ainda que não pretende mexer na diretoria da Petrobrás, mas ressaltou que pretende mudar o Conselho de Administração, sem dar detalhes.
“Eu não vejo nenhum indício de irregularidade na atual diretoria da Petrobrás. Quando não vejo irregularidade, eu não posso querer punir”, disse, sem explicar as razões para mudanças no Conselho.
A presidente reconheceu que Graça está num situação difícil à frente da Petrobrás, mas rejeitou qualquer possiblidade de que ela soubesse das irregularidades, dando um sinal de que a manterá no comando da estatal por mais tempo do que se imaginava.
“Eu conheço a Graça, sei da seriedade e da lisura dela. A Graça assumiu a direção da Petrobrás e mudou toda a diretoria. Abriu todas as investigações que estão em curso. Não tenho nenhuma indicação de que falta credibilidade para a Graça Foster”, afirmou.
A presidente afirmou também que pediu ao Ministério Público que repasse informações sobre os desvios comprovados, para que a Petrobrás possa fazer logo as baixas nos valores dos ativos e possa publicar seu balanço, mas negou que o atraso vá comprometer os pagamentos da estatal. Segundo Dilma, a empresa teria caixa para ficar um ano inteiro sem recorrer ao mercado.
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