NESTOR CERVERÓ ACEITA FAZER ACAREAÇÃO COM PAULO ROBERTO COSTA | Petronotícias




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NESTOR CERVERÓ ACEITA FAZER ACAREAÇÃO COM PAULO ROBERTO COSTA

Nestor CerveróO ex-diretor internacional da Petrobrás Nestor Cerveró (foto) disse, em depoimento à CPI mista do Congresso Nacional, que aceitaria fazer uma acareação com Paulo Roberto Costa. A declaração foi feita após Cerveró negar que exista ou tenha existido uma organização criminosa dentro da estatal, como apontou Costa à Polícia Federal e ao Ministério Público.

Ele disse que nunca ouviu falar em organização criminosa dentro da petroleira e afirmou não estar preocupado com os depoimentos de Costa: “Não tenho porque ficar preocupado com a delação do Paulo. Não tenho esse problema”.

Ele repetiu o discurso de que a omissão de cláusulas contratuais na compra da primeira metade da refinaria de Pasadena não era fundamental para se fechar o negócio, em 2006, em oposição ao que afirmou a presidente Dilma, que presidia o conselho da estatal à época da aquisição. Ele também discordou da decisão do TCU, que apontou prejuízo financeiro de US$ 792 milhões com a compra de Pasadena e, em julho, determinou o bloqueio de seus bens e de outros integrantes da diretoria executiva da época.

Para ele, foi um “equívoco” do tribunal basear o tamanho do prejuízo de Pasadena nos preços de apenas um dos 27 cenários de preços estimados pela Petrobrás para a refinaria. “Não concordo com nenhum dos prejuízos indicados pelo TCU em Pasadena”, disse.

A nova convocação de Cerveró ao Congresso surgiu depois de novas denúncias referentes ao repasse de imóveis dele a parentes, já depois de o caso da compra da refinaria ter ganhado notoriedade no cenário nacional.

O ex-diretor doou um apartamento na Rua Prudente de Moraes, em Ipanema, a Raquel Cerveró; outro apartamento no mesmo prédio a Bernardo Cerveró; e um apartamento na Rua Visconde de Pirajá, também em Ipanema, a Bernardo Cerveró. As doações foram feitas no dia 10 de junho, 45 dias antes de o TCU determinar o bloqueio de seus bens e de mais 10 gestores da Petrobrás.

Sobre o caso, o ex-diretor disse que a transferência dos seus bens não teve “nada a ver” com o processo de Pasadena, afirmando que tinha decidido antecipar a herança aos filhos.

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