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NO BRASIL AINDA SE BATE CABEÇAS PARA TERMINAR ANGRA 3. NA AMÉRICA, GOVERNO COMPRA ENERGIA DIRETA DO SETOR NUCLEAR PRIVADO

angraBons exemplos de administração no setor de energia, o Brasil certamente tem. Basta olhar em volta o que os países comprometidos com a produção de energia firme e limpa estão fazendo. Veja este exemplo: o governo norte-americano anunciou um  acordo que garante uma eletricidade estável para as agências federais, impulsionando a indústria nuclear em um momento de alta demanda por energia limpa. A Administração de Serviços Gerais (GSA) dos Estados Unidos assinou um contrato de dez anos para  fornecer 10 milhões de megawatts-hora de eletricidade, o que equivale ao consumo anual de mais de 1 milhão de lares. O contrato é de US$ 800 milhões. Por aqui, há quantos anos vemos Angra 3 em uma inércia para se decidir o óbvio: terminar a usina que terá uma potência de geração de 1.405 megawatts, sendo capaz de produzir cerca de 12 milhões de MWh anuais e criar 7 mil empregos, com um preço estável de venda, gerando energia limpa e mais de 7 mil empregos. Com a conclusão, a Central Nuclear de Angra passará a gerar o equivalente a 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro.  Por quanto tempo ainda veremos discursos bonitos, comprometidos e ação zero? Quando ela vai ficar pronta? Talvez seja uma boa pergunta para um site de apostas. Neste caso, se os responsáveis pela decisão de concluir a obra jogarem, ela vai sair rápido, talvez em tempo recorde. Vão querer faturar logo.

Há tantas alternativas para fazermos o mesmo aqui no Brasil, buscando uma parceria privada com empresas de geração nuclear de energia ou abrindo o mercado paracomst que empresas privadas invistam na produção de energia nuclear no Brasil. O país só tem a ganhar, inclusive na expansão de produção de radiofármacos para identificação e tratamento de cânceres da população.

Na América, a empresa Constellation, que opera a maior frota nuclear do país, foi a empresa escolhida para cumprir o contrato da GSA, que inclui uma quantidade significativa de energia nuclear, cerca de 4 milhões de megawatts-hora. Este acordo ocorreu em um contexto de crescente demanda por eletricidade limpa, especialmente no setor de tecnologia, com o Vale do Silício voltando-se cada vez mais para a energia nuclear para abastecer data centers e instalações de IA.

constO governo federal, como maior consumidor de energia do país, busca garantir preços estáveis e competitivos, além de incentivar a indústria nuclear nacional. O contrato também vai permitir à Constellation licenciar usinas nucleares existentes e investir em novos equipamentos e tecnologias, resultando em uma capacidade adicional de 135 megawatts. A GSA comprará 2,4 milhões de megawatts-hora dessa capacidade adicional, que se estende a 13 agências federais além dos prédios governamentais, como o Departamento de Assuntos de Veteranos e o Serviço Nacional de Parques.

O acordo da GSA visa oferecer estabilidade orçamentária às agências federais e proteger contra aumentos futuros de preços, dado o aumento da demanda por eletricidade, especialmente devido aos data centers e suas necessidades de energia. A Constellation, que gera 10% da energia sem emissões de carbono dos EUA, também trabalha com fontes renováveis como hidrelétricas, energia solar e eólica, e tem como meta atingir 100% de energia livre de carbono até 2040. Esse contrato é parte de uma tendência maior, com empresas como Microsoft, Google, Amazon e Meta fazendo acordos similares. Além disso, o governo Biden tem promovido a energia nuclear como parte de sua estratégia para a transição dos EUA para fontes de energia limpa e sustentável, com iniciativas como o empréstimo de US$ 1,52 bilhão para reiniciar uma estação de energia nuclear em Michigan.

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Edmundo Teixeira
Edmundo Teixeira
9 meses atrás

Onde fica Angra 3? Onde fica a América?

Marco
Marco
9 meses atrás

Na minha opinião, a “area nuclear” tem que continuar com o governo federal sendo o maior acionista. Investimento em segurança geram custos e para algumas empresas poderá ter um outro entendimento.

Dráusio Lima Atalla
Dráusio Lima Atalla
9 meses atrás

O texto fala em 800 milhões de dólares com o governo americano, provavelmente para religar usinas nucleares que foram descomissionadas. Tecnologia antiga, mas segura e confiável. As usinas foram paradas por motivo econômico, não técnico. E os americanos são os pais de suas usinas. Em Angra 3 estamos falando de 5 bilhões de dólares num país de 2 trilhões de dólares de PIB. Uncle Sam tem PIB bem próximo a 30 trilhões. E a energia americana em questão é certa, risco quase zero. Angra 3 apresenta duas naturezas de risco. A primeira é se a usina seria construível, tantos são… Leia mais »

Fabio
Fabio
9 meses atrás

Parceria privada é pura picaretagem, o trio de bilionários Lehmann, Sicupira e Telles que agora controlam a Eletrobrás querem devolver Angra 3 para o governo porque não estão dispostos a gastar para concluir a usina, se quisermos sua conclusão é preciso reestatizar a Eletrobrás e expulsar a 3G da companhia sem qualquer indenização.

Marco antonio de castro
Marco antonio de castro
9 meses atrás

Depois de decidirem quando é quanto vai custar e quem vai terminar a usina angra 3 eu já vou adiantar tem mais 10 anos de obra para concluir se as empreiteiras definidas forem a Odebrecht ou Andrade gutierrez fora disso não vão executar estas obras com menos de quinze anos este comentário e de um simples funcionário wue trabalhou na construcao de angra 1,2 e 3 desde 1976.