NOMEAÇÃO DE RICARDO GALVÃO PARA O CNPq AUMENTA EXPECTATIVA DE NOVOS INVESTIMENTOS EM CIÊNCIA NO PAÍS
O pesquisador e professor de Física da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Galvão (foto), foi apresentado oficialmente hoje (17) como o futuro presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A nomeação do pesquisador foi revelada formalmente pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante evento em Brasília.
O CNPq é a principal agência de estímulo à pesquisa científica e de formação de pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento, com cerca de 80 mil bolsistas em universidades e institutos do País e no exterior. Galvão é professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cargo que ocupou até 2019.
Naquele ano, ele foi exonerado do Inpe após um atrito com o então presidente Jair Bolsonaro. Isso porque o Inpe estava chamando a atenção para a disparada do número de alertas de desmatamento na Amazônia. Os dados do instituto foram contestados por Bolsonaro, que chegou a classificar os números como “mentirosos”. Ainda em 2019, Galvão foi ficou em primeiro lugar em uma lista, criada pela revista Nature, com as dez pessoas mais importantes para a Ciência.
A nomeação do pesquisador para a presidência do CNPq foi muito bem recebida não apenas no meio acadêmico, mas também no mercado, de maneira geral. Para o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha (foto à direita), Galvão é um grande pesquisador e ajudará na retomada da importância do CNPq. Cunha esteve no evento de nomeação do novo presidente do órgão de fomento.
“O auditório estava lotado e todos os funcionários do CNPq estavam muito felizes. O Ricardo Galvão é um pesquisador com uma grande experiência e demonstra muita disposição. Há um otimismo com essa possibilidade de retomada do apoio financeiro aos estudantes e bolsistas. A tônica do evento foi a retomada da pujança do CNPq. O Brasil precisa voltar a investir em Ciência e o CNPq é peça-chave para isso”, declarou Cunha.
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