NORD STREAM 2 CORRE O RISCO DE NÃO ENTRAR EM OPERAÇÃO EM CASO DE INVASÃO DA UCRÂNIA PELA RÚSSIA | Petronotícias




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NORD STREAM 2 CORRE O RISCO DE NÃO ENTRAR EM OPERAÇÃO EM CASO DE INVASÃO DA UCRÂNIA PELA RÚSSIA

60690868_905O gasoduto Nord Stream 2 voltou a ganhar holofotes depois de o presidente americano Joe Biden declarar que impedirá a operação da linha em caso de uma invasão russa na Ucrânia. Esse é um novo capítulo envolvendo o gasoduto, que já foi pivô de um grande imbróglio diplomático entre EUA, Alemanha e Rússia. Orçado em US$ 11 bilhões, o projeto Nord Stream 2 visa ligar os campos de produção russos à Alemanha pelo Mar Báltico.

Se a Rússia invadir – isso significa tanques ou tropas cruzando a fronteira para a Ucrânia novamente – não haverá mais Nord Stream 2″, disse Biden em coletiva de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na Casa Branca. “Vamos colocar fim a isso”, acrescentou o presidente americano, subindo o tom contra a Rússia.

O chanceler alemão, por sua vez, tentou sair pela tangente e evitou nomear o projeto durante a coletiva de imprensa. Além disso, Scholz não deixou claro se a Alemanha se comprometeria a encerrar o gasoduto no caso de uma invasão russa. O chanceler disse apenas que a Alemanha adotará as mesmas medidas que os Estados Unidos para punir a Rússia.

nord-stream2A Alemanha está em uma sinuca de bico. De um lado, precisa cada vez mais do gás russo para a geração de energia à medida que tem desligado suas usinas nucleares. Por outro, vê-se pressionada a engrossar a voz contra Moscou, diante da ameaça de uma invasão à Ucrânia. O Nord Stream 2, liderado pela empresa estatal russa Gazprom, dobraria a capacidade do gasoduto existente para levar gás para a Europa, passando pelo Mar Báltico, ao invés de cruzar a Ucrânia. Como se sabe, uma boa parte do gás natural da Europa chega ao continente pela Ucrânia – que recebe compensações financeiras de Moscou por isso.

Por esse motivo, a construção da linha virou motivo de discordância entre Washington e Berlim nos últimos anos. O temor é que a Europa fique cada vez mais dependente do gás russo e, ao mesmo tempo, elimine uma importante fonte de renda da Ucrânia. O ex-presidente dos EUA Donald Trump chegou a impor sanções contra empresas envolvidas no empreendimento. Biden, por sua vez, decidiu retirar todas as sanções, para manter em dia as relações diplomáticas com a Alemanha.

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