NOVA CPI DA PETROBRÁS PODE CONVOCAR EX-DIRIGENTES DA ESTATAL E EMPRESÁRIOS QUE ESTÃO PRESOS EM CURITIBA
De roupa nova a nova CPI da Petrobrás deve começar a trabalhar na próxima quinta-feira (26) Na Câmara dos Deputados para investigar irregularidades na empresa estatal afogada em escândalos de corrupção A data foi fixada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Até lá, os partidos devem travar uma batalha para garantir a presidência e a relatoria da CPI, que têm influência no ritmo das investigações. O bloco do PMDB deve anunciar na segunda-feira (23) a decisão de ficar com a presidência. Pelas regras da Câmara, cabe ao presidente da comissão indicar quem será o relator.
Com a concordância de Cunha a cúpula do PMDB quer repassar a relatoria ao PT, em uma tentativa de aliviar a tensão em relação ao Planalto depois da sequência de derrotas impostas pela Câmara com a chegada do peemedebista à presidência da Casa. A ideia, no entanto, encontra resistência em líderes de outros partidos que formam o bloco e, especialmente, na bancada do PMDB.
Há ainda pressão para que um cargo de destaque da CPI seja entregue ao deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o que tem potencial para constranger o Congresso. Serraglio foi o relator e por sua atuação, a grande estrela da CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão e produziu um relatório rígido contra o governo e sugeriu o indiciamento do ex-ministro José Dirceu e de parlamentares por envolvimento no esquema de corrupção.
Pelo que se soube todos os ex-dirigentes da Petrobrás que foram convocados nas CPI da Petrobrás de 2014, serão reconvocados para dar novas explicações. Acredita-se que os empresários que estão presos na Polícia Federal do Paraná, também sejam convocados para detalhar para quem foram as doações que as empresas fizeram.
o PT quer assegurar a relatoria, que é responsável pelo parecer final da comissão. O líder do PT, Sibá Machado, solicitou o cargo formalmente ao presidente da Câmara e deve procurar nos próximos dias o líder do PMDB, Leonardo Picciani e os demais líderes dos partidos pedindo apoio. O PT pretende entregar o posto para o deputado Marco Maia, que foi relator da CPI do Congresso que investigou a estatal no ano passado e também escalar Afonso Florence, como integrante para blindar o governo. Maia, porém, não teria demonstrado disposição para retomar o cargo.
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