NOVA DELAÇÃO PREMIADA REVELA SISTEMA DE INDICAÇÕES POLÍTICAS NO GOVERNO LULA | Petronotícias




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NOVA DELAÇÃO PREMIADA REVELA SISTEMA DE INDICAÇÕES POLÍTICAS NO GOVERNO LULA

Fernando MouraO cerco está apertando dia a dia e o novo acordo de delação premiada assinado na Operação Lava Jato, com o lobista Fernando Moura, ligado ao ex-ministro José Dirceu, traz uma série de informações sobre as indicações políticas que eram feitas durante o governo Lula e os esquemas relacionados a esse sistema.

Moura relatou aos investigadores que ajudou o PT a selecionar os nomes que assumiriam os 32 mil cargos comissionados nas empresas públicas e na administração federal ainda antes do início do primeiro mandato do ex-presidente, em 2002. Segundo o lobista, as principais nomeações tinham que ser aprovadas pelo ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, que ganhou o noticiário durante o escândalo da Land Rover, em 2005.

Na lista de nomes indicados por meio deste sistema, segundo Moura, estava o do ex-diretor de serviços da Petrobrás, Renato Duque, que foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão nesta semana por receber propinas relacionadas à Lava Jato.

De acordo com o lobista, logo após a eleição de Lula, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares – condenado no Mensalão posteriormente – , e Silvio Pereira para saber quais cargos eles estavam pleiteando . O primeiro teria pedido a presidência do BNDES e o segundo a dos Correios, mas Lula negou. Foi decidido que Pereira ficaria responsável por organizar as nomeações políticas que o PT teria que fazer, enquanto Fernando Moura catalogava as indicações, sempre incluindo o nome do padrinho político ao lado.

De acordo com o depoimento do lobista, a indicação de Duque para a Petrobrás teria partido do presidente da empreiteira Etesco, Licínio de Oliveira Machado Filho, e foi aprovado por Pereira. A partir daí, Moura passou a receber US$ 30 mil de propina a cada três meses da empresa.

Ele afirmou ainda, no acordo homologado pela justiça esta semana, que foi o responsável por aproximar Milton Pascowitch de Renato Duque e que, em troca, Pascowitch prometeu que pagaria a Moura um percentual (cerca de 3%) de todos os negócios que ele ganhasse pela Engevix com a Petrobrás, além de ter apresentado o executivo ao então ministro José Dirceu, antes das revelações do Mensalão.

Segundo o lobista, o total de propinas que ele recebeu foi de R$2,3 milhões, a partir de pagamentos feitos por Milton Pascowitch. O acordo fechado com o Ministério Público Federal indica que a pena máxima para Fernando Moura será de oito anos de prisão, mas apenas três meses serão cumpridos em cela e três anos em casa. Além disso, o lobista terá 20% de seus bens no exterior confiscados e se comprometeu a pagar em multa o equivalente a 80% deles.

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Uma bela negociação… Neste Brasil de justiceiros, onde a justiça é cega, seria um bom método aplicar à todos os condenados por roubos, hoje superlotando os presídios, em que o crime cometido, pode varia de um simples sabonete roubado em supermercado ou farmácia, até o gado da fazenda vizinha… Devolvendo 80% em multa do valor em multa e pagando 20% dos bens, só precisariam de 3 meses de detenção e todos estariam quites.