NOVA FASE DA LAVA JATO CUMPRE MANDADOS RELACIONADOS A CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
O sistema financeiro brasileiro está no centro das investigações apuradas pela nova fase da Operação Lava Jato, a 32ª, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7), em São Paulo, Santos e São Bernardo do Campo, com o cumprimento de 17 mandados judiciais, sendo 10 de busca e apreensão e sete de condução coercitiva.
O foco da ação, batizada de “Caça-Fantasmas”, são as atividades do banco panamenho FPB Bank, que atuava no Brasil sem autorização do Banco Central. De acordo com os investigadores, a empresa era usada para abrir e movimentar contas em território nacional, com o intuito de enviar valores irregulares para o exterior.
O representante do banco panamenho no Brasil, Edson Paulo Fanton, foi um dos alvos dos mandados de condução coercitiva e acompanhou os investigadores até a sede da Polícia Federal em Santos.
Segundo a Polícia Federal, há indícios de que o banco funcionava como uma agência de serviços privados, destinados a clientes milionários, além de comercializar empresas offshore que eram registradas pelo escritório de advocacia Mossak Fonseca, também do Panamá, que vem sendo investigado por uma série de acusações de criação de offshores com movimentações ilegais pelo mundo, incluindo chefes de Estado de países comandados por ditadores. No caso da Lava Jato, a empresa é acusada de ter atuado para pelo menos 57 pessoas suspeitas de participar do esquema de corrupção na Petrobrás.
De acordo com a Polícia Federal, o nome da ação, Caça-Fantasmas, que apura crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional, “remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação, que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossak Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta”.
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