NOVA FASE DA OPERAÇÃO LAVA-JATO PRENDE EXECUTIVO DA ENGEVIX E OPERADOR DO PMDB | Petronotícias




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NOVA FASE DA OPERAÇÃO LAVA-JATO PRENDE EXECUTIVO DA ENGEVIX E OPERADOR DO PMDB

joséMais uma fase da Operação Lava-Jato, mais um líder de empreiteira atrás das grades. Com a deflagração da 19ª fase da operação nesta segunda-feira (21), o mais novo alvo da Polícia Federal foi o executivo da companhia Engevix, José Antunes Sobrinho (foto), preso preventivamente por acusações de pagamento de propina em esquemas da Eletronuclear. O lobista João Henriques, acusado de ser operador do PMDB, também foi preso. Além da sentença contra eles, estão sendo cumpridos 1o mandados judiciais contra investigados na nova etapa, que recebeu outra alcunha interessante e que soa como um recado: “Nessun Dorma” (“Ninguém dorme”).

No total, a 19ª fase cumpre sete mandados de busca e apreensão, um de prisão temporária, um de prisão preventiva e dois de condução coercitiva. As novas ações da Lava-Jato acontecem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Essa etapa da operação tem relação com contratos da Engevix com a Eletronuclear, somados em R$ 140 milhões, firmados entre 2011 e 2013, indicando o desvio de propinas por meio de pagamentos à Aratec, consultoria do almirante Othon Pinheiro, ex-presidente da Eletronuclear. Os mandados também têm relação com a compra de uma sonda por parte da Petrobrás, em contrato de US$ 1,816 bilhão, com a indicação de US$ 30 milhões em, propina. A compra, segundo os investigadores, foi feita durante a administração de Jorge Zelada na diretoria internacional da Petrobrás.

Os investigadores afirmaram que houve o pagamento de propinas ainda este ano, mesmo depois da prisão de executivos da Engevix, como o ex-vice-presidente Gerson Almada.

Antes da confirmação do nome de João Henriques, o procurador Carlos Lima afirmou, em entrevista coletiva mais cedo, que o mandado de prisão era destinado a “um dos maiores operadores da área internacional” dos esquemas. O investigador disse ainda que os indícios das investigações apontam que “tudo teve início na Casa Civil do Governo Lula”.

O envolvimento da Engevix nas investigações não é de hoje. A construtora vem sendo citada ao longo da operação devido a crimes de desvio de dinheiro da Petrobrás, em processo que traz fortes acusações contra executivos do alto escalão da empresa. Preso nesta manhã, Sobrinho é acusado por envolvimento em esquema de propina nos contratos firmados pela Eletronuclear.

Em junho deste ano, após uma apuração do prejuízo causado pelas práticas de corrupção na petroleira, o Ministério Público Federal (MPF) exigiu que a Engevix pagasse um total de R$ 113,9 milhões em ressarcimento à Petrobrás. Além do pagamento por danos, os procurados do MPF pediram a condenação de quatro executivos da empreiteira, entre os quais estavam o ex-vice-presidente da companhia, Gerson de Mello Almada, e os diretores técnicos Eduardo Strauch e Newton Prado Junior.

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