NOVA PESQUISA DA PWC REVELA OTIMISMO DE CEOs BRASILEIROS E BOAS PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO EM ÓLEO, GÁS E ENERGIA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A aposta de CEOs do Brasil e do mundo é que a economia passará por uma aceleração global em 2022. O dado faz parte da nova edição da pesquisa Annual Global CEO Survey, realizada pela PwC com diretores de companhias de todo o globo. O trabalho revela que 77% dos participantes no Brasil e no mundo acreditam na retomada econômica global e local em 2022. Levando em conta apenas os executivos da indústria de Energia, Serviços de Utilidade Pública e Recursos Naturais, o otimismo é ainda maior – 80% dos entrevistados desse segmento esperam pela aceleração da economia global em 2022, percentual maior do que a média mundial. Ao todo, a pesquisa coletou as opiniões de 4.400 executivos.
A maioria dos CEOs brasileiros ouvidos pela PwC acreditam que suas respectivas empresas vão crescer ao longo do ano. Uma parcela de 63% dos entrevistados no país diz estar muito confiante na expansão de seus negócios, enquanto o percentual global é de 56%. Levando em conta apenas os executivos – do Brasil e do resto do mundo – no segmento de Energia, Serviços de Utilidade Pública e Recursos Naturais, 53% deles afirmam estar confiantes no crescimento de receitas.
Para detalhar os resultados da pesquisa, entrevistamos o sócio da PwC Brasil, Ronaldo Valiño. Ele atribui esse sentimento de otimismo à recuperação dos preços de commodities e o potencial do Brasil em energias limpas. O entrevistado fala ainda que acredita em novas oportunidades de negócio em eólica offshore e projetos de estudos de utilização de hidrogênio verde no Brasil.
Poderia detalhar um pouco mais os fatores que explicam o otimismo dos entrevistados brasileiros na pesquisa? Ao que se deve essa expectativa tão alta em relação à retomada econômica?
Possivelmente, [esse otimismo se deve] à recuperação dos preços de commodities para óleo & gás e Mineração; e para Energia, os investimentos em renováveis e o potencial do Brasil em energia limpa para os próximos anos.
Os CEOs de empresas de Energia, Serviços de Utilidade Pública e Recursos Naturais também estão mais preocupados com a questão climática. Isso, ao seu ver, indica que essas companhias devem intensificar os investimentos em ESG nos próximos anos?
Sim. ESG está no top da agenda dos CEOs das empresas de Energia, Serviços de Utilidade Pública e Recursos Naturais. No caso do Brasil, a crise hídrica materializou os efeitos das mudanças climáticas e como podem afetar o setor e a economia do país como todo, com o aumento dos custos da energia. Recentemente, a EPE [Empresa de Pesquisa Energética] publicou o planejamento energético brasileiro dos próximos 10 anos até 2031, o qual prevê um grande crescimento das renováveis e da geração distribuída, bem como uma redução da dependência hídrica do Brasil.
Quais são os países que mais despertam interesse por parte dos CEOs mundiais? E como o Brasil se posiciona nesse cenário?
A pesquisa aponta que os principais destinos dos investimentos por partes dos CEOs estão nos Estados Unidos, China e Alemanha e está muito ligado aos programas de transição energética desses países. O Brasil tem papel importante pelo potencial de geração de energia renovável.
De modo geral, olhando para os dados da pesquisa, poderia apontar como deve ser (em termos de negócios e crescimento) o ano de 2022 para as empresas brasileiras de óleo, gás e energia?
Óleo & Gás e Mineração devem aproveitar o crescimento global pós-pandemia e o aumento do preço dos commodities, fato que verificamos em 2021 e continua nesse início de 2022. Para energia, devemos ter um incremento nos investimentos internos e externos na ampliação de nossa matriz de renováveis, eólica, solar e geração distribuída. Acreditamos em novas oportunidades de negócio em eólica offshore e projetos de estudos de utilização de hidrogênio verde no Brasil.
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