NOVA PROPOSTA DE REAJUSTE DA PETROBRÁS NÃO AGRADA FEDERAÇÕES DE PETROLEIROS

As duas principais entidades representativas dos funcionários da Petrobrás, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), reagiram negativamente às novas propostas de reajuste feitas pela estatal, mas ainda não houve uma rejeição definitiva.

A FNP se colocou contra, dizendo rejeitar as propostas, porém sem informar se elas chegaram a ser votadas pelos trabalhadores. Já a FUP, que também se posicionou fortemente contra as proposições da estatal, afirmou que vai levar o projeto ao conselho deliberativo para avaliação nesta sexta-feira (18).

As propostas feitas pela Petrobrás incluem reajuste de 6% retroativo a setembro, mais 2,8% a partir de março do ano que vem, além de 8,97% dos benefícios educacionais, 8,97% do programa jovem universitário e reajuste do vale refeição de R$ 1.003 para R$ 1.093.

Outro ponto apresentado pela companhia, que foi muito criticado pelas federações, porque no último acordo coletivo de trabalho não previa novas negociações sobre isso até setembro de 2017, foi a flexibilização da jornada de trabalho, que permitiria aos funcionários optarem por trabalhar seis horas ao invés de oito, com redução equivalente dos salários.

“As representações sindicais deliberaram no último Conselho da FUP que só negociarão com a Petrobrás o Termo Aditivo do Acordo Coletivo, que trata unicamente das cláusulas econômicas, pois todas as demais têm validade de dois anos. Propostas relacionadas à hora extra, jornada de trabalho ou qualquer outro item do ACT devem ser remetidas para as Comissões de Negociação, após o fechamento do acordo”, afirmou a FUP em nota, negando-se a discutir estes últimos itens, que também incluíam a redução do pagamento da hora extra de 100% a mais para 50% a mais do valor da hora de trabalho normal.

Além disso, as duas federações programaram uma manifestação na manhã desta sexta em frente ao edifício sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro.