NOVA TECNOLOGIA PODE AUMENTAR PRODUÇÃO DOS CAMPOS DE XISTO NOS ESTADOS UNIDOS
Orlando – Por Fabiana Rocha- A operação da norte-americano Occidental, no sudeste do Novo México, na Bacia do Permiano, faz parte da chamada recuperação melhorada de petróleo, que injeta dióxido de carbono e água no subsolo para extrair o petróleo bruto. A técnica conhecida como EOR já é usada em campos de petróleo convencionais, mas agora a empresa tenta fazer com que o programa funcione comercialmente com xisto. Se os experimentos da Occidental e de suas rivais com técnicas similares forem bem sucedidos, o processo poderá transformar ainda mais o Permiano, que já é o maior reservatório de petróleo do mundo. Para atingir o objetivo, é crucial saber como o petróleo, o gás, o CO2 e a água trabalham juntos a milhares de metros abaixo da superfície da terra.
Embora a revolução do xisto dos Estados Unidos tenha impulsionado a produção de petróleo para um nível recorde, também tem deixado muito petróleo no solo. Poços de fraturamento hidráulico só recuperam cerca de um décimo do que a indústria chama de petróleo no local, até agora. Acredita-se que se possa melhorar a rentabilidade de 10% a 11% para 17% a 18%. Quando se considera a a escala do Permiano, seria um ganho extraordinário, dizem os especialistas O Campo de Hobbs é convencional da Bacia do Permiano, desenvolvido há décadas, antes dos engenheiros descobrirem como perfurar horizontalmente e depois injetar enormes quantidades de água, areia e produtos químicos para abrir fraturas na rocha, liberando hidrocarbonetos dos reservatórios de xisto.
Em todos os Estados Unidos, existem mais de 80 mil poços de petróleo de xisto e gás com mais de cinco anos, bombeando um baixo volume de hidrocarbonetos. É uma grande oportunidade para quem consegue descobrir como prolongar a vida desses poços e extrair alguns barris extras. Conseguir isso seria especialmente bem-vindo no setor de xisto, que atualmente é obrigado a investir cada vez mais todos os anos para expandir a produção apenas para compensar o declínio natural de seus poços mais antigos. Na rocha convencional, engenheiros de EOR injetam CO2 e água através de um poço, inundando o reservatório e extraindo o petróleo e gás através de outro poço. É muito mais difícil para o xisto. Para começar, temperatura e pressão precisam ser adequadas para o CO2 se misturar ao óleo.
Normalmente nos processos de EOR (enhanced oil recovery) ou em português o aumento na recuperação de óleo, o CO2 é injetado no gás para torná-lo mais miscível no óleo alterando o ponto de bolha positivamente, antes diminuído pela liberação de gás, isso em linguagem técnica significa repressurizar o reservatório para aumentar a produção de óleo. No caso gás pode significar apenas trocar energia sem quaisquer ganho ou até com perdas. Assim injetar CO2 no gás até que é possível, mas injetar na água pode causar reações de oclusão de porosidade e permeabilidade. Já injetar a água para aumentar a pressão… Read more »