NOVA TECNOLOGIA VAI ACELERAR PRODUÇÃO DE SPOOLS PARA REFINARIAS

A EBSE e a Shaw  estão  ultimando os detalhes da criação de uma joint-venture para a fabricação de spools no Brasil. O protocolo de intenções foi assinado na  feira de tecnologia offshore, em Houston. Em três meses deve ser oficializado o novo negócio. O repórter Daniel Fraiha  conversou com Fernando Biato, que já foi gerente geral de engenharia das refinarias da Petrobras no Brasil, e foi escolhido para comandar a nova empresa.

Qual é o interesse da EBSE em fabricar spools com a Shaw?

Nosso interesse em ter a Shaw como parceira era muito grande, porque é uma empresa líder no mercado mundial, com um faturamento anual de cerca de US$11 bilhões e com um nome muito forte. A EBSE já fabricava spools, mas não com a tecnologia e o know-how da Shaw, que é a  maior fabricante de Spools do mundo.

Onde ficarão as fábricas e como será a divisão?

A EBSE vai passar toda área que produz spools das fábricas de Santíssimo, no Rio, e de Itapissuma, em Pernambuco, para a joint-venture. O  comando será meio a meio, além do investimento estar estimado em US$10 milhões no total, metade em cada praça. O representante da Shaw ficará com a parte operacional e eu ficarei mais na parte comercial. A Shaw trará as máquinas de dobramento por indução elétrica, que permitem diminuir o tempo de produção e simplificar o processo de soldagem das tubulações.

Já tem nome a joint-venture? Quando será oficializada?

Ainda não tem nome, mas deve ser oficializada em uns três meses, quando tudo já tiver sido acertado. Até agora já assinamos o memorando de entendimento e estamos trabalhando na criação da empresa. Mas a máquina de dobramento por indução elétrica já deve chegar em dois meses, porque a EBSE está trazendo antes para cá, como EBSE mesmo. Depois vai passar para nós.

O que mudará com a nova tecnologia?

Com a máquina, o processo de produção de um tubo de 10 polegadas de diâmetro, por exemplo, que hoje demora metade de um dia para ser feito, passará a ficar pronto em meia hora. E a variação que ela possibilita vai de duas a 16 polegadas de diâmetro e duas polegadas de espessura.

Já tem contratos com alguma empresa?

Os acordos fechados que já temos são com a Odebrecht, que já era um acordo da EBSE, e com a Alusa, mas as conversas estão bastante avançadas com outras empresas. Na Rnest estamos avançando nas negociações com a Ipojuca e algumas outras e no Comperj estamos em contato com muitas outras, como a SBM, por exemplo.