NOVA YORK ESTUDA PROIBIR FRATURAMENTO HIDRÁULICO
O governador de Nova York, Andrew Cuomo (foto), deve proibir a utilização da técnica de fraturamento hidráulico (“fracking”, em inglês) na exploração de gás natural. Em 2008 o estado já havia proibido a exploração de gás de alto volume através desta técnica para que autoridades reguladoras determinassem os impactos ambientais gerados.
Seis anos depois, especialistas ainda não chegaram a respostas conclusivas sobre os males trazidos pela utilização do fraturamento hidráulico. Os estudos conduzidos são inconsistentes e incompletos, deixando todos em alerta. Ambientalistas afirmam que a técnica pode contaminar a água e inviabilizar a produção agrícola.
Nova York se encontra em cima de uma formação de xisto Marcellus, bastante rica em gás. O maior problema para o governador Cuomo é conciliar os interesses econômicos do governo estadual e de prefeituras com as preocupações da população e dos ambientalistas.
No estado da Pensilvânia, por exemplo, o “fracking” é permitido e alavancou a economia local. Desde 2012, mais de US$ 630 milhões foram distribuídos à comunidade, segundo dado do Conselho de Petróleo do Estado de Nova York. O xisto betuminoso já gerou US$ 2,1 bilhões em receita fiscal para a Pensilvânia.
Quando da proibição da utilização do fraturamento hidráulico em Nova York, uma moratória foi lançada. Nesse período, diversos contratos venceram e muitas companhias se mudaram para a Pensilvânia e Ohio.
A técnica é polêmica não só nos Estados Unidos, onde 32 estados permitem a exploração do gás de xisto através do “fracking”. Na Europa, a França proibiu a utilização do fraturamento hidráulico, enquanto a Alemanha declarou uma moratória que também impede a prospecção. No entanto, o Reino Unido suspendeu por um ano a técnica após a suspeita de que tremores de terra haviam ocorrido por conta dela, mas em 2012 um estudo concluiu que sua utilização podia ser retomada sob supervisão rígida.
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