NOVAS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO PODEM ESTAR POR TRÁS DE POSSÍVEIS MUDANÇAS NA DIRETORIA DA PETROBRÁS | Petronotícias




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NOVAS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO PODEM ESTAR POR TRÁS DE POSSÍVEIS MUDANÇAS NA DIRETORIA DA PETROBRÁS

zazazazAs investigações da Operação Lava Jato que ainda estão em andamento,  podem ser os reais motivos da Petrobrás, que estão por trás do anúncio  de uma possível mudança na diretoria da companhia feito por seu próprio presidente, Pedro Parente,  em sua palestra na Fundação Getúlio Vargas, na última terça-feira, 1º de agosto. E não são apenas as suspeições.  Os dados estão sendo cruzados pela força tarefa de Curitiba com  as próprias investigações internas da companhia, que ganharam novos instrumentos, fornecendo informações para os investigadores federais. O afastamento do Gerente Geral Marcos Túlio Pereira, teria sido o primeiro  afastamento depois das primeiras apurações. A ligação dele com o ex-diretor Renato Duque, foram esmiuçadas pelos órgãos internos. A participação dele num antigo contrato com a Tecnhip,  teria sido preponderante. Mas há outras suspeitas.  Muito embora não tenha sido diretor, ele ocupava uma função de extrema confiança. Marco Túlio está em casa.

A justificativa de Parente de que “Estamos trabalhando num plano de sucessão para nossos diretores executivos, levando em conta a necessidade de consolidar a profissionalização da gestão da empresa”, pode ser uma forma de preservar a imagem de seus principais colaboradores que estão respondendo pelas diretorias. Sem eles, Parente teria submergido na função de presidente. Assim que assumiu, o seu real desconhecimento da companhia lhe fez  “pagar um mico” ao dizer que o pré-sal tinha uma espécie de “endeusamento”. Pouco mais de um ano depois que assumiu, o pré-sal já representa a maior parte da produção de petróleo da  Petrobrás.

A justificativa de “profissionalizar a gestão da empresa” soa como um desprestígio absoluto aos que estão com ele desde o início de sua gestão, dando-lhe suporte. São eles: Solange Guedes (E&P), Roberto Moro (Desenvolvimento da Produção), Jorge Celestino (Refino e Gás Natural), Hugo Repsold (Recursos Humanos, SMS e Serviços), Ivan Monteiro (Financeiro), João Elek (Governança) e Nelson Silva (Estratégia, Organização e Sistema de Gestão).  Vale dizer que Ivan Monteiro foi levado para companhia pelo ex-presidente Aldemir Bendine, preso recentemente acusado de receber propina da Odebrecht. João Elek foi escolhido por uma empresa de Head Hunter, ainda na gestão de Graça Foster. Ele tem mandato com garantias de permanência devido ao espinhoso cargo de investigar colegas através de instrumentos que foram criados para isso. Nelson Silva assumiu o cargo ao final do ano passado. Os demais, estão nos cargos desde 2015.

O Departamento de  Recursos Humanos  diz que o plano de sucessão faz parte da rotina de RH da empresa. Mas todos sabem que não é rotina a troca de diretores. Antes, eles eram indicados por políticos. Parente afirma que ele não sofre influência de políticos e que esta foi uma das condições ter aceitado assumir o cargo. E disse que o Comitê de Elegibilidade verifica a conformidade de todas as indicações feitas na Petrobrás, além de avaliar a integridade dos executivos por meio de uma checagem. O Conselho de Administração quer que os próximos diretores da Petrobrás tenham pelo menos dez anos de experiência em cargos de liderança, sendo cinco, em empresa de grande porte. Quem de fora pode conhecer melhor o negócio petróleo e os caminhos da Petrobrás,  se não os que vivem dentro da própria Petrobrás ? Os segredos que a companhia desenvolveu e as informações estratégicas que os diretores acessam para dirigir a companhia serão preservados por uma direção sem a cultura desenvolvida pela estatal ? É uma pergunta que precisa ser  respondida, independente do que Pedro Parente costuma dizer aos que se opõe as suas ideias: “ ranço ideológico”.

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luciano Seixas Chagasjoão batista de assis pereiraFernandoPetroleiro Recent comment authors
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Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

O que é lamentável é ver os técnicos de reconhecida competência que foram mantidos no cargos, se submeterem completamente as falsas ilações de Pullen Parente, que em nenhum momento reconheceu a competência e lisura comportamental da grande maioria do corpo técnico e gerencial da Petrobras , que muito me orgulho de ter pertencido, e cujos conhecimentos me foram absolutamente úteis agora, ao militar na iniciativa privada, após minha aposentadoria. No afã de dilapidar o patrimônio moral dos seus técnicos e gerentes, o Pullen Parente só viu corrupção e inconformidades de gestão na empresa, que sempre foi auditada por todos os… Read more »

Fernando
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Fernando

Caro Luciano, eu também fui Petroleiro, entrei na Petrobras em 1978 como engenheiro, trabalhei em vária áreas e fui gerente na área de empreendimentos. Considerando tínhamos a área de auditoria, tínhamos dezenas de processos de controle de empreendimentos, fazíamos EVTE, fazíamos reuniões sistemáticas de acompanhamento com as diversas áreas da companhia e apesar disto tudo a lava-jato desnudou um imenso processo de corrupção interno na empresa. Assim a pergunta que fica é nde estavam todos estes envolvidos, gerentes e técnicos de reconhecida competência, conforme suas palavras, que não se colocaram em desacordo com o que ocorria? Onde estavam estes técnicos… Read more »

joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

Lamento informar ao Eng. Luciano Seixas, que tem apresentado excelentes comentário nesse website, mas o Eng. Fernando tem toda razão em sua exposição. Devo conhecê-los, já que entrei na Petrobras em 1974 e trabalhei na Engenharia da Petrobras ate 2015, quando fui demitido no CENPES, por ordenamento da Graça Foster, por ter denunciado a negociata de Pasadena. https://www.linkedin.com/pulse/engenheiro-aposentado-da-petrobr%C3%A1s-monta-extenso-de-e-pereira Há que ser considerado que os Diretores corruptos flagrados no Petrolão não poderiam abster-se de gerentes corruptos (Empreendimento, Geral e Executivo), sem os quais não conseguiriam atingir o desempenho que tiveram na roubalheira que se instalou na Petrobras na última década. Os… Read more »

luciano Seixas Chagas
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luciano Seixas Chagas

Caro João Toda e qualquer empresa tem os corruptos de cima e que nomeia a gang de baixo para consecução das safadezas. Conheço alguns técnicos da empresa, sérios, um até da minha família, que quando reclamava que havia roubo e ele provava, eu o perguntava porque ele não denunciava a prática. Por medo das consequências, ou da sobrevivência, não quero julgar as suas razões, ele sucumbia no silêncio, agora sei, cúmplice, o que o torna também culpado por omissão. Sua consciência será seu próprio juiz pois neste caso omissão sem envolvimento não é crime. Com este perfil há muitos o… Read more »

Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Prezado Fernando Trabalhei na área de exploração e detalhei os processos nesta área, onde não grassou a corrupção. Pelo menos eu nunca vi sem o devido reparo. Também na áreas de desenvolvimento da produção e reservatórios nunca vi algo que desabonasse as pessoas (gerentes e técnicos) e quando constatada fraudes as pessoas eram punidas com demissões. Eu próprio tive o desprazer de demitir um colega por práxis não republicanas, como sempre ocorreu onde labutei, e que nós denunciamos. Nestas áreas ninguém roubava e não deixava roubar como princípio. Assim destaquei que na Petrobras tivemos cursos de diferentes conteúdos nas áreas… Read more »

Petroleiro
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Petroleiro

Aparentemente o Sr João Elek não confia tanto assim em sua cláusula contratual de garantia de permanência. Parece querer “ficar bem na fita”, não esqueçam que deu entrevista atestando que o Aldemir Bendini era “um santo”…

joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

FALTOU A PETROBRAS DE JOÃO ELEK APLICAR O MECANISMO DE CONFERENCIA DA INTEGRIDADE NO ALDEMIR BENDINI. É de fato muito estranha a postura do João Elek, Diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras vir a público e declarar não haver evidência de que o ex-presidente da estatal, antecessor de Pedro Parente, Aldemir Bendine, tenha cometido qualquer irregularidade no período em que esteve à frente da companhia, ou no Banco do Brasil. Suas declarações vão contra as denuncias efetuadas no âmbito da Lava Jato decorrentes das delações premiadas por Marcelo Odebrecht e Luiz Ayres da Cunha Santos Reis da Odebrecht… Read more »