NOVO ACORDO ECONÔMICO ENTRE ESTADOS UNIDOS E REINO UNIDO INCLUI PARCERIAS NO SETOR NUCLEAR

A Declaração do Atlântico para uma Parceria Econômica EUA-Reino Unido, anunciada nesta semana pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e pelo presidente dos EUA, Joe Biden, diz que as duas nações pretendem construir cadeias de suprimentos resilientes, diversificadas e seguras e reduzir as dependências estratégicas – e inclui um novo acordo de alto nível de parceria nuclear civil EUA-Reino Unido.

A declaração e o plano de ação que a acompanha são descritos como um “novo tipo de parceria inovadora” em todo o espectro das relações econômicas, tecnológicas e comerciais. Além de uma nova estrutura de segurança econômica, o acordo apoiará os esforços do Reino Unido e dos EUA para “aproveitar a transição energética e os avanços tecnológicos para impulsionar o crescimento amplamente compartilhado, criar bons empregos e não deixar nenhuma comunidade para trás“, afirma a declaração.

A parceria nuclear civil incluída na Declaração do Atlântico será supervisionada por altos funcionários de ambos os governos. As prioridades de curto prazo para ação conjunta serão definidas pelo Grupo de Ação Conjunta EUA-Reino Unido sobre Segurança Energética e Acessibilidade (JAG), “para incentivar o estabelecimento de novas infraestruturas e capacidades de ciclo de combustível de ponta a ponta até 2030 em ambos os continentes, e minimizar substancialmente a dependência de combustível, suprimentos e serviços russos“.

A atividade conjunta EUA-Reino Unido “apoiará e facilitará a implantação internacional segura, protegida e sustentável de tecnologias nucleares avançadas e pacíficas, incluindo pequenos reatores modulares, de acordo com os mais altos padrões de não proliferação e consistente com um limite de 1,5 grau Celsius no aquecimento da temperatura global“.

Um Comitê Permanente Conjunto de Cooperação em Energia Nuclear cumprirá os compromissos compartilhados até o final do ano e servirá como um “fórum bilateral duradouro para promover objetivos políticos compartilhados nos mecanismos de engajamento existentes“, incluindo ações de curto prazo identificadas pelo JAG. Também facilitará o intercâmbio sobre desenvolvimentos técnicos e políticos novos e em evolução em relação à energia nuclear, diz a declaração.

Além da parceria nuclear civil, a Declaração do Atlântico inclui um Plano de Ação Conjunta para a Cadeia de Fornecimento de Energia Limpa de um ano, segundo o qual o JAG é encarregado, até o final deste ano, de identificar e decidir sobre ações de curto prazo para acelerar a construção de capacidade de atender às demandas de energia limpa. Isso incluirá consultas público-privadas nas principais cadeias de fornecimento de energia limpa, incluindo energia eólica offshore e baterias de veículos elétricos, e “exercícios rápidos de teste de estresse nas principais cadeias de fornecimento de energia limpa, que podem formar um modelo para trabalhos futuros sobre a resiliência da cadeia de fornecimento“.