NOVO AUMENTO E A FALTA DO AÇO NO MERCADO DESORDENA A INDÚSTRIA QUE FICA SEM INSUMO E VOLTA A DEMITIR
A indústria de transformação, a que produz os bens de consumo mais comuns, busca recuperação frente à crise causada pela pandemia e agora sofrendo pela absurda alta do aço e com a falta desse insumo para produzir ar condicionado, fogão e geladeiras. Há falta também de produtos nas lojas de construção civil, como vergalhões e ferro para construção de lajes, arame farpado e até prego. A indústria do petróleo também está sofrendo com a alta dos preços e com a falta de chapas. A previsão de entrega é apenas para janeiro do ano que vem. Sem insumo, algumas empresas já começam a demitir funcionários.
O SINAVAL fez uma consulta aos Estaleiros que são Associados do sobre a questão dos preços de aço. Eles confirmaram que houve aumento dos preços desde abril em diante e alongamento dos prazos de entrega das usinas. Os motivos informados pelas usinas foram de que houve uma demanda alta e repentina dos mercados automobilísticos e de eletrodomésticos, além do desligamento de altos fornos durante a pandemia. O SINAVAL diz que o aumento no preço do aço acaba impactando os contratos já assinados e dificultando as negociações com os clientes para novos contratos, também prejudicadas pelas propostas com validades muito curtas. No caso de Estaleiros que têm comprado aço nos distribuidores, os fornecedores informaram que as usinas estão ofertando pouco aço para a demanda observada.
De 2018 até antes da pandemia, os preços das usinas se mantiveram relativamente estáveis. De abril de 2020 em diante, o reajuste dos preços foi de aproximadamente 40% Em função do dólar, para o SINAVAL diz que “Apesar disso, o aço nacional ainda está mais barato neste momento que as cotações internacionais. Não tem havido compras no Exterior, apenas consultas a países como Índia, Indonésia e Romênia.”
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, aponta que o Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial para o mês de setembro apresentou queda de 4,6% na comparação com o mês anterior no dado livre de efeitos sazonais. No acumulado de 12 meses o índice apresentou queda de 13,6%, tendência também identificada no acumulado do ano (-12,4%). O aspecto positivo está na comparação do mês de setembro de 2020 ao mesmo mês do ano anterior, pois há aumento de 5,6%.
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