NOVO NOME PARA ASSUMIR A PRESIDÊNCIA DA PETROBRÁS NÃO DEVERÁ SER ORIUNDO DO SETOR DE PETRÓLEO
Um coisa é certa: o Ministro Bento Albuquerque, que comanda a pasta de Minas e Energia, não irá mais enganar-se pelas aparências ao indicar um novo nome para assumir a presidência da maior estatal brasileira, a Petrobrás. A assembleia de acionistas da companhia continua marcada e confirmada para a próxima quarta-feira (13). Ela vai ocorrer já com os nomes indicados pelo governo para a presidência da estatal e para o comando do Conselho de Administração, assegura o ministro. O governo ainda não escolheu os nomes e tem um prazo curto para isso. “Nunca trabalhei com outra ideia. Não podemos ficar empurrando a situação”, disse o ministro, hoje (6) em Brasília. O governo está na fase de definir o perfil dos indicados, de acordo com a conjuntura nacional. Do setor de petróleo original, será difícil encontrar um nome que não esteja ligado aos negócios direta ou indiretamente. Talvez o novo nome surpreenda o mercado. E será muito provável que nem do mercado de petróleo seja.
O governo não trabalha com outra data para definir o novo presidente. O General Joaquim Silva e Luna continua no comando da estatal, mas numa situação muito diferente do ex-presidente Castelo Branco que, demitido publicamente, ficou fazendo uma espécie de pirraça. Mas há também dentro do governo autoridades que sugeriram deixar a definição do novo comando da estatal para uma nova assembleia, que poderia ser marcada para maio. Isso porque o governo está com dificuldade em encontrar novos nomes depois da desistência dos indicados para presidir tanto o conselho de administração quanto a empresa. Rodolfo Landim e Adriano Pires, declinaram depois que suas ligações com o mundo do petróleo ficaram expostas. Certamente seus nomes não seriam aprovados nem pelo Conselho de Administração e nem pelo Compliance da empresa, que funciona bem nesses casos. Havia muitos conflitos de interesse. Pires declarou que não conseguiria se desvincular a tempo da empresa de consultoria que comanda com o filho, Pedro Pires. Ambos teriam que deixar a companhia. A União é controladora da Petrobrás e, por isso, pode indicar a maior parte dos integrantes do Conselho.
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