NOVO PRESIDENTE DA PETROBRÁS FOCARÁ EM ACELERAÇÃO DE PRODUÇÃO, DESINVESTIMENTOS E REDUÇÃO DE CUSTOS
O salão nobre do edifício sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, estava lotado de representantes do mercado de óleo e gás, na tarde desta quinta-feira (3), que ouviram os primeiros recados que o novo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, deu para a indústria. Em sua primeira fala pública no comando da petroleira, o economista prometeu acelerar a produção, redução de custos, prosseguimento ao plano de desinvestimentos e foco total no negócio de exploração e produção – em linha com o que gestões anteriores fizeram nos últimos anos. Para Castello Branco, o relevante para a Petrobrás “é ser forte e não ser gigante“.
“Gigantes podem ter pernas de barro. É importante ser forte, executando com excelência as nossas atividades. O foco deve ser nos ativos que a Petrobrás é dona natural, onde é capaz de extrair o máximo de retorno o possível“, afirmou o executivo, acrescentando que a força da Petrobrás estará voltada à exploração e produção em grandes campos de petróleo em águas profundas e ultra-profundas.
Com este direcionamento, e tendo em mente ainda a mudança climática e a eletrificação, Castello Branco disse que a Petrobrás vai acelerar sua produção para que “as reservas tenham o melhor aproveitamento“. Ele deixou claro que este trabalho provavelmente será feito com parceiros globais, tendo em vista o grande volume de investimentos necessários. “Parcerias serão sempre bem vindas. Principalmente pela extraordinária troca de ideias e experiências”, disse.
O ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque Lima, que também esteve na cerimônia, afirmou que a previsão é de que o setor de óleo e gás precisará de R$ 1,4 trilhão em investimentos para suprir a demanda esperada no país até 2027.
Assim, ainda falando sobre a entrada de novos players para explorar o mercado brasileiro, Castello Branco adotou seu tradicional tom liberal ao falar das oportunidades no mercado de gás.
“No gás natural, ainda há um caminho a percorrer. A Petrobrás é dominante na cadeia produtiva. Tal situação não é boa para a economia brasileira e nem para a companhia, justamente por ser (uma situação) confortável. Os interesses do país e da Petrobrás devem ser conciliados por mudanças na estrutura legal e regulatória. Assim, atraíremos investidores privados“, opinou Castello Branco.
Por fim, o novo presidente da Petrobrás afirmou o compromisso de perseguir baixos custos operacionais: “seremos caladores implacaveis de desperdícios“, disse Neste sentido, ele afirmou ser fundamental a transformação digital e o emprego de inteligência artificial para reduzir custos e expandir a produtividade. O executivo ainda defendeu que os preços de combustíveis devem atender à paridade internacional, “com sonoro não aos subsídios e tentativa de poder do monopólio”.
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