NUCLEP FECHA CONTRATO COM A ELETRONUCLEAR E IRÁ FORNECER NOVOS EQUIPAMENTOS PARA ANGRA 3
A Nuclep, maior caldeiraria do país, anunciou a assinatura de mais um importante contrato dentro do escopo do Programa Nuclear Brasileiro. A empresa chegou a um acordo com a Eletronuclear e irá fabricar um pacote de trocadores de calor para a usina nuclear Angra 3. Como o nome sugere, esses equipamentos são fundamentais na troca térmica dos diversos sistemas da usina. “Por serem de alta relevância no processo da usina, seus requisitos e especificidades possuem controle restrito e de alta complexidade, um desafio confiado à Nuclep e que muito traduz nossa importância para o Programa Nuclear do País”, comentou o presidente da Nuclep, contra-almirante Carlos Henrique Silva Seixas.
Os trocadores do pacote M-101, chamados de trocadores de calor nucleares serão ligados indiretamente ao circuito primário da usina. Ao todo, serão nove trocadores de calor, sendo quatro deles para remoção do calor residual da usina; quatro resfriadores de água durante o controle volumétrico do sistema primário feito pelo pressurizador, denominado sistema KBA; e um pré-resfriador do circuito auxiliar.
Os trocadores de calor têm função crucial na troca térmica dos diversos sistemas da usina e estão diretamente ligados à energia térmica obtida pela planta e, consequentemente, à geração de energia elétrica. Segundo a Nuclep, estudos anteriores já constataram que Angra 2 possui capacidade de elevar a sua potência elétrica muito em função do bom desempenho dos trocadores instalados na planta.
Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Quando entrar em operação comercial, a nova unidade com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.
O prazo de entrega desses equipamentos gira em torno de 30 meses, dada a necessidade célere da Eletronuclear. “O atendimento de todas as demandas da usina de Angra 3 só foi possível pela união das forças de todos os setores da Nuclep e o sucesso da celebração desse contrato com a Eletronuclear se deve a todos os seus colaboradores, que não mediram esforços para possibilitar a sua concretização”, completou Seixas.
Esse não foi o único avanço recente em torno do reinício das obras de Angra 3. Como publicamos, os preparativos para o início do lançamento de concreto na retomada de Angra 3 estão a todo vapor. No momento, a Eletronuclear está concentrando esforços na chamada Central de Concreto, que já está pronta. Agora, a unidade está passando pelas atividades de comissionamento e testes finais, de modo a validar e qualificar a central. Quando essa etapa for vencida, o concreto produzido no local poderá ser lançado, marcando assim a retomada da obra.
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