O AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES PREOCUPA O MERCADO, AS SIDERÚRGICAS NACIONAIS E O INSTITUTO AÇO BRASIL
A produção de aço bruto em julho no Brasil atingiu 2,7 milhões de toneladas, um avanço de 5,9% frente a junho. As vendas internas fecharam em 1,6 milhão de toneladas, queda de 1,3% na mesma comparação. Exportações registraram 828 mil toneladas, recuo de 30,6%. O consumo aparente de produtos siderúrgicos subiu 1,4% no mês, frente ao mês anterior, tendo atingido 2,0 milhões de toneladas. Tal expansão se deu exclusivamente pelo aumento de 26,1% nas importações, com 481 mil toneladas no mês. As importações da China chegaram a 271 mil toneladas. O crescimento das importações preocupa o Instituto Aço Brasil, considerando a existência de excesso de capacidade de 564 milhões de toneladas de aço no mundo, o que leva a práticas predatórias de mercado, escalada protecionista e a desvios de comércio.
No acumulado de 2023, a produção de aço bruto caiu 8,6% nos sete primeiros meses do ano, fechando em 18,6 milhões de toneladas. As vendas internas caíram 5,2% no mesmo período, atingindo 11,3 milhões de toneladas, no mesmo período. As importações saltaram 48,4%, para 2,7 milhões de toneladas, enquanto as exportações recuaram 6,2%, para 7,1 milhões de toneladas. O consumo aparente de aço (vendas internas mais importações por distribuidores e consumidores) encolheu 0,5%, chegando a 13,6 milhões de toneladas.
O Índice de Confiança da Indústria do Aço, calculado pelo Aço Brasil, fechou em 44,6 pontos em agosto, alta de 0,5 ponto em relação a julho, abaixo da faixa que aponta falta de confiança dos CEOs da indústria do aço, especialmente em relação ao cenário econômico brasileiro. É o décimo mês seguido em que o indicador se encontra abaixo dos 50 pontos.
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